O mercado financeiro e econômico passou a prever que a inflação oficial do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ficará acima de 5% em 2022. A informação está no relatório “Focus”, divulgado pelo Banco Central (BC). A meta central de inflação para o ano que vem, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3,5%. Também ontem (8) a taxa SELIC recebeu uma projeção de que será reajustada em breve para 9,25% e já causa movimentações negativas no cenário econômico nacional. A projeção alerta a população e também preocupa economistas, já que todo o ano de 2021 foi marcado pela alta de preços gerais e a manobra do governo em aumentar os juros para frear a inflação.

Em entrevista na Uirapuru o economista e professor da Faculdade de Economia da UPF, Julcemar Zilli, explicou que 2022 será um ano novamente difícil para a economia nacional./Isso porque a medida adotada para frear a inflação, elevando juros, trará efeitos colaterais no consumo Na prática, com juros elevados, a tendência é que a população gaste menos, use menos o cartão e compre menos parcelado. Ao comprar menos o preço dos produtos diminui. A ação freia a inflação, mas retrai o movimento da economia e muitas empresas farão menos investimentos diretos. Isso pode se refletir em um menor nível de empregos também, alerta o economista.

Rádio Uirapuru