Caso Rafael: após três horas de reconstituição, polícia segue convicta que homicídio aconteceu de forma intencional

Postado em 19 junho 2020 15:12 por JEAcontece
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A Polícia Civil e o IGP realizaram na noite desta quinta-feira (18) e madrugada de sexta-feira, 19, a reconstituição da morte do menino Rafael Matheus Winques, de 11 anos, morto pela própria mãe no município de Planalto. A reprodução simulada buscou evidenciar discrepâncias entre o depoimento da mãe e o que de fato ocorreu na noite em que Rafael foi morto.

Uma grande estrutura foi montada no cruzamento das ruas Siqueira Campos e José Sartori onde fica a casa em que o crime teria sido cometido. A Rádio Uirapuru acompanhou o trabalho de reconstituição com os repórteres Leandro Vesoloski e Lucas Cidade que chegaram em Planalto ainda na tarde de quinta-feira e conversaram com autoridades e familiares sobre o caso.

O delegado Joeberti Nunes, do Departamento de Polícia do Interior, concedeu entrevista momentos antes do início da reprodução simulada do fato. Segundo ele, o objetivo é confrontar o depoimento de Alexandra Duogokenski, mãe de Rafael, com o depoimento do filho e irmão de Rafael, Anderson, que estava na casa no dia do crime e ainda com o resultado de laudos periciais já liberados. “Verificar as circunstancias do fato, como ocorreu. Se o filho que estava em casa nada ouviu, por exemplo. Existem grandes contradições entre o depoimento da mãe e do filho adolescente Anderson. A reconstituição é feita separadamente justamente para fazer o confronto das versões”, explicou o delegado.

Ajuda no crime
Joeberti Nunes foi enfático ao informar que os delegados não descartam a hipótese da participação de mais uma pessoa no crime. Destacou que a mãe nos depoimentos colhidos até agora mantém a versão inicial de morte acidental por ingestão de medicamentos. “Acreditamos que parte do que a mãe fala encontra respaldo real. Mas tem circunstancias incompatíveis e incoerentes. Agora se de fato ela está omitindo alguns elementos nosso objetivo é esclarecer o porquê e isso buscamos na reconstituição”, relatou.

O delegado também revelou que a perícia realizada no veículo do namorado de Alexandra não constatou a presença de sangue humano. Além disso, citou que laudo sobre a causa morte do menino Rafael não chegou ainda. “Mas a sabemos que foi estrangulamento”, acrescentou. Nunes informou, ainda, que foi encontrado medicamento na urina da criança. “Nós esperamos o laudo oficial para verificar se a ingestão desse medicamento seria meio para causar a morte”, disse.

Prisão por mais tempo
Durante a entrevista o delegado revelou que a Polícia Civil vai representar pela prorrogação de mais 30 dias de prisão temporária de Alexandra. Disse que ao chegar para a reconstituição, a mãe passou mal, precisou ser medicada e ficou em repouso por aproximadamente 2h. O resultado da reconstituição do crime deverá ser divulgado em até 30 dias.

Relembre o caso
No dia 15 de maio, Alexandra Duogokenski, mãe de Rafael procurou o Conselho Tutelar de Planalto para comunicar o desaparecimento do menino. A polícia civil também foi avisada e iniciaram-se as buscas pelo garoto que sempre apresentou bom comportamento e nunca havia saído de casa sem antes avisar seus responsáveis. Até mesmo um cão farejador foi utilizado nas buscas em um matagal próximo à residência.

Inicialmente a polícia tratou o caso como desaparecimento voluntário, já que não haviam indicativos de crime. Na sexta-feira, 22 de maio, uma equipe do Posto de Criminalística do Instituto Geral de Perícias de Passo Fundo esteve na cidade de Planalto, onde realizou perícia com luminol, para tentar localizar vestígios de sangue onde ocorreu o desaparecimento. Foram periciados duas residências e um veículo.

Rádio Uirapuru

Postado em 19 junho 2020 15:12 por JEAcontece
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