Carazinho vive situação delicada em relação à dengue

Postado em 13 abril 2022 10:06 por JEAcontece
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Nunca o município registrou tantas notificações e casos positivos quanto em 2022. Até a manhã desta terça-feira (12), 435 pessoas tiveram exame confirmado para a doença transmitida pelo Aedes aegypti

Até a manhã desta terça-feira (12), Carazinho computava 857 casos suspeitos de dengue. Desde o fim de janeiro, quando o primeiro caso da doença transmitida pelo Aedes aegypti foi confirmada, 435 pessoas tiveram exame positivo. Apenas 25 exames deram negativos. Ainda aguardam por resultado, 397 coletas. Carazinho jamais teve números tão expressivos em relação a dengue e eles podem ser maiores já que existe subnotificação. Algumas pessoas apresentam sintomas, podem estar com a doença, mas resistem em procurar ajuda médica. Além disso, alguns procuram assistência, mas depois não realizaram coleta de sangue para saber se estão com dengue ou não, ou sequer atendem as ligações da secretaria da Saúde para fazer o agendamento.

A enfermeira chefe da Vigilância Epidemiológica, Márcia Smaniotto, relatou em entrevista à Rádio Diário AM 780, que neste momento praticamente todos os bairros da cidade já registram casos. Ela esclareceu que a dengue não é transmitida de pessoa para pessoa, como ocorre com outras doenças virais como Influenza e Covid-19. A transmissão ocorre entre mosquito e ser humano.
Por isso é importante que as pessoas usem repelente, especialmente aquelas que estão com sintomas, para que o mosquito não pique alguém contaminado, se contamine e passe a doença, sendo vetor de novos casos”, colocou.

Desde que a onda de contaminação começou, algumas pessoas precisaram de internação, mas conforme Márcia, nenhum caso de extrema gravidade e todos acabaram tendo alta.

Reforço nas equipes de campo
André Prado, coordenador da Vigilância Ambiental da secretaria da Saúde, detalha como ocorre o trabalho de campo, quando o órgão recebe o alerta.

A atividade de campo tem um papel muito importante porque adota alguns procedimentos na tentativa de contar a evolução de casos. A partir da notificação, realizamos uma visita ao imóvel onde reside a pessoa com a doença e nas casas do entorno. Tem uma metodologia para isso, definida pelo Ministério da Saúde, que em se monta uma área de atuação num raio de 150 metros do imóvel onde há o caso. Verifica-se a presença do mosquito e faz coleta de material. Depois de identificar a presença do mosquito Aedes aegypti é aplicado o inseticida”, citou.

Ainda sobre o inseticida, Prado esclareceu que ele é pontual, o que significa que o chamado tratamento mecânico – eliminação de possíveis criadouros – é fundamental para evitar novos casos.

Com a recente contratação emergencial de agentes de endemia, dez servidores se juntaram aos 8 que já atuavam na área. Os agentes comunitários de saúde também aproveitam as visitas para vistoriar os imóveis e orientar a população.
Um novo processo seletivo, desta vez para contratação definitiva de agentes está recebendo inscrições até o dia 21 de abril. A provável data da prova é 15 de maio.

Diário da Manhã

Postado em 13 abril 2022 10:06 por JEAcontece
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