Corpos de família desaparecida em Colorado no mês de maio foram sepultados em Carazinho nesta semana. Autoridades esperam laudos da necropsia e do DNA das vítimas

O mistério envolvendo o desaparecimento de uma família carazinhense no mês de maio em Colorado chegou ao fim no último domingo, quando os corpos de Roberto Terres (46), Márcia Johann (50) e de sua filha Maria Johann (15), foram encontrados no interior de Não-Me-Toque.

A Polícia Civil registrou a localização das vítimas e encaminhou-as para necropsia no Posto Médico Legal (PML) de Passo Fundo. Os corpos foram liberados na terça-feira (3) para que os serviços fúnebres fossem realizados. Maria e Márcia foram enterradas no cemitério Bom Jesus, enquanto Roberto foi sepultado no Cemitério Municipal.

Agora, a Polícia aguarda os resultados do trabalho realizado pelos servidores do Instituto Geral de Perícias (IGP). “Aguardamos a conclusão da necropsia das três vítimas, o que deve acontecer nos próximos dias e irá apontar a causa das mortes. De forma antecipada, já é possível afirmar que em pelo menos um dos corpos foi encontrado um projétil. Outro laudo que aguardamos é o da perícia feita no local em que a família foi encontrada, que demorará de dois a três meses”, explica o Ednei Albarello, delegado responsável pelas investigações.

De acordo com o delegado, a liberação dos corpos aconteceu somente porque familiares conseguiram fazer o reconhecimento, o que aconteceu por meio de roupas e outros objetos encontrados junto às vítimas. “Mesmo assim, foram coletados materiais das vítimas e de familiares para que o IGP faça a comparação por meio de DNA para atestar com toda a certeza de que os corpos são da família desaparecida. Para nós, não há dúvidas de que trata-se da família que não foi mais vista desde maio”, afirma Albarello.

Balística
Outro laudo aguardado pela Polícia Civil é de uma balística solicitada para projéteis encontrados em frente à casa onde, segundo a investigação, a família foi morta. O objetivo dessa análise é confirmar se cápsulas encontradas no local do crime partiram da arma que o principal suspeito do triplo homicídio portava no momento em que foi preso, 21 dias após o episódio.

O caso
As três vítimas, acompanhadas de um vizinho, foram até Colorado no dia 24 de maio para negociar um carro. “O Inquérito Policial (IP) concluiu que o suspeito devia um dinheiro para Terres por questões envolvendo o tráfico de drogas. As informações dão conta de um débito de cerca de R$ 20 mil que seria pago com a entrega de um veículo”, explica o delegado.

A investigação aponta que a família e o vizinho chegaram na casa alugada onde o suspeito morava e foram recebidos a tiros. O caso veio à tona dois dias após o tiroteio porque o vizinho conseguiu escapar a pé e comunicou a polícia sobre o ocorrido após conseguir voltar para Carazinho.

Diário da Manhã