Dificuldade financeira imposta pela pandemia foi o principal motivo alegado pela diretoria para anunciar desistência
A OMF anunciou durante o fim de semana que desistiu da disputa do Gauchão de Futsal Série B. O clube havia participado da Copa Farroupilha Região Planalto em preparação à temporada, justamente visando as competições oficiais da Liga Gaúcha, mas as dificuldades financeiras impostas pela pandemia acabaram forçando a decisão da diretoria.
No ano passado, a OMF passou por situação semelhante. Chegou a anunciar a participação na Liga Unificada e depois teve de declinar dadas a condição financeira.
Em entrevista ao Programa Esporte na Mesa, da Rádio Diário AM 780, nesta segunda-feira (7), o presidente e atleta Márcio Cascata lamentou a decisão. “Entramos na Copa Farroupilha para tentar viabilizar a disputa do estadual. Sabíamos que seria difícil, até por causa da pandemia que nos atinge muito porque dependemos do apoio do município e das empresas em geral”, disse ele, confirmando que há poucos dias a diretoria havia confirmado que lançaria uma ‘vaquinha’ virtual para arrecadar fundos, o que acabou não se concretizando. “Foi uma das possibilidades que criamos com objetivo de angariar os recursos necessários para tentar participar. No entanto, os prazos eram muito curtos e não foi possível darmos andamento”, completou.
Cascata disse ainda que a desistência não foi influenciada pelos resultados das quadras na Copa Farroupilha, quando a OMF não somou nenhum ponto e perdeu todos os confrontos.
“Não pesou. Nosso planejamento era dar chance para jogadores que não estavam tendo oportunidades e verificar quem teria condições de estar conosco no estadual. Jogamos contra três equipa da série A, que já tinham feito pré-temporada e estavam treinando há cerca de dois meses. Nós começamos uma semana antes e fomos melhorando, tanto que as últimas três partidas deixamos de ganhar no detalhe”, avaliou.
Além disso, a Copa Farroupilha, segundo o dirigente, serviu de vitrine para vários atletas que acabaram conquistando espaços em outros times. “Não foi de todo ruim. O Frazão, por exemplo, não havia tido chance, teve condições de mostrar seu futebol e acabou fechando com a SASE. O Matheus, da mesma forma, agora está na Sercesa. O resultado é o de menos. Não é bom perder, mas sabíamos que seria difícil”, acrescentou.
A ideia agora, de acordo com Cascata, é seguir trabalhando para melhor estruturar o clube e quem sabe no ano que vem ter as condições necessárias para representar Carazinho nas competições oficiais.
“Queremos voltar, mas com pouco mais de estrutura e depender menos de patrocínios no ano que vem. Temos várias ideias que queremos dar seguimento”, finalizou.
Diário da Manhã
