Situação começa a caminhar para a normalidade com a diminuição de casos novos e internações pela COVID-19

O avanço da Covid-19 em todo país motivou a paralisação dos procedimentos cirúrgicos eletivos, tendo em vista o risco de falta de leitos e medicamentos. Com a queda de novos casos e de internações, a Secretaria Estadual da Saúde orientou os municípios a retomarem as cirurgias que estavam suspensas há vários meses.

Em Carazinho, conforme o administrador do Hospital de Caridade de Carazinho – HCC, Felipe Sohne, a instituição fez a retomada há duas semanas.

“A orientação é para que na medida do possível, em que se perceba uma diminuição na demanda por Covid-19, com disponibilidade de leitos e de medicação, os procedimentos sejam realizados, seguindo os protocolos de maneira segura”, disse, em entrevista à Rádio Diário AM 780.

Por outro lado, segundo ele, existe uma certa fila que cresceu durante a paralisação. “Estamos cumprindo a orientação, claro que não na totalidade e na quantidade em que gostaríamos, pois existe uma fila na secretaria da Saúde, além dos pacientes privados que precisam fazer o agendamento”, citou.

Em recente entrevista, a secretária da Saúde, Anelise Almeida, estimou que cerca de 500 pessoas aguardam algum tipo de cirurgia eletiva em Carazinho. A gestão da fila cabe ao Município que é quem encaminha as consultas e exames do SUS. O HCC apenas avisa o paciente quando do seu agendamento, se toda a documentação está adequada. “Isso também obedece a disponibilidade dos médicos de cada especialidade”, frisou Sohne.

Redução de leitos
O administrador ainda revelou que a medida em que a pandemia vai estabilizando no município, todos os órgãos envolvidos com o Comitê Municipal avaliam a necessidade de manter a estrutura disponível para o trato com a Covid-19.

“Precisamos pensar em adequar os espaços porque precisamos voltar a ter condições de atendimento normal. Eliminar a totalidade, não, porque os passos precisam ser dados de forma gradativa, até se manter uma estabilidade de casos muito baixa ou até mesmo não tendo mais casos para serem atendidos no HCC. Aí sim, pensamos extinguir a UTI Covid e reduzir os leitos clínicos. Até porque a própria doença deve entrar na normalidade e passar a fazer parte do dia a dia como foi com a H1N1”, declarou.

Estoque de medicamentos
Outra dificuldade já enfrentada pelos hospitais e que vai experimentando uma realidade próxima do normal é o estoque de medicamentos. Houve períodos em que quase faltaram itens imprescindíveis para a intubação de pacientes com Covid-19.

“Está bem melhor, embora algumas regiões ainda apresentam uma demanda maior, mas a indústria já tem retomado as entregas de forma mais tranquila. Ainda se percebe uma disparidade em relação aos valores. Há situações em que a indústria consegue atender bem e outras em menor quantidade, mas é um cenário totalmente diferente do que enfrentamos entre abril e maio”, informou.

Diário da Manhã