CARAZINHO – Eletrocar percebe redução de 25% do consumo da classe comercial

Postado em 15 junho 2020 05:58 por JEAcontece
15.292.411/0001-75

Percentual é considerado alto pela concessionária de energia. Uma das explicações pode ter relação com pandemia

As Centrais Elétricas de Carazinho – Eletrocar percebeu redução do consumo de energia em algumas classes de consumidores. O percentual mais alto foi registrado no comércio, onde a queda chegou a 25%. A classe industrial registrou queda de 15% no consumo. Os índices referem-se ao período de março a maio de 2020, em comparação com o mesmo período do ano passado. “Estes números acabaram transferidos para outras classes, como a residencial, por exemplo. Houve redução de quilowatts na proporção de mês para mês. Em março tivemos consumo de 16 milhões, em abril 14,7 milhões e em maio 14,6 milhões. Ou seja, se manteve uma média. No mesmo período do ano passado o cenário foi o mesmo. O que houve foi uma migração do consumo de uma classe para outra”, detalhou Fernando Vanin, diretor comercial da Eletrocar, em entrevista à Rádio Diário AM 780, concluindo que embora não houve grande redução no consumo, aumentou a diferença entre as classes.

“Em 2019, entre os meses de março a maio, a Eletrocar vendeu 46 milhões de quilowatts. No mesmo período deste ano, a comercialização chegou a 34,9 milhões. A redução foi de apenas 0,3%”, completou.

No que tange a classe industrial, o diretor comercial informou que não se percebeu expressivo número de pedidos de desligamento, por encerramento de atividades, por exemplo.

“As empresas de grande porte conseguem ter um movimento mais tranquilo. Possuem uma estrutura maior e algumas até tem contratos de energia firmados conosco. Não houve impacto grande na redução de consumo”, disse.

Por outro lado, o cenário é diferente na classe comercial. “Os estabelecimentos de pequeno porte, aqueles que consomem entre 300 e 500 quilowatts, os chamados de baixa tensão, passaram por um pouco mais de dificuldades. Alguns até fecharam, não foram muitos. Além disso, a inadimplência entre estes consumidores é um pouco mais alta”, observou.

A tendência, a partir de agora, na visão de Vanin, é que o consumo de energia cresça. “Em 11 de maio retomamos as leituras normais e percebemos aumento no movimento de pessoas procurando atendimento presencial por vários serviços. As atividades estão sendo retomadas: casas alugadas, imóveis que são comercializados, empresas que mudaram de ponto. Há aqueles que querem fazer algum ajuste na conta. De uns 10 dias para cá percebemos uma retomada grande na atividade comercial”, mencionou.

Para Vanin, as atividades de modo geral estão sendo retomadas aos poucos e em breve poderão estar na sua normalidade. “Gradativamente vamos voltando aos níveis normais de antes. Acho que julho já vai ser bem tranquilo em relação a este tipo de processo, inclusive quanto a investimentos na área de distribuição”, colocou.

Sobre o incentivo a regularização de pagamentos em atraso, o diretor observou que várias pessoas estão entrando em contato, solicitando informações. Os casos são analisados pela Eletrocar, mas Vanin alerta que depois do dia 25 haja uma nova determinação quanto a suspensão do fornecimento da energia. Até esta data, a concessionária está impedida de fazer este tipo de procedimento e esperará uma nova orientação da Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, quanto a questão.

“Os últimos 30 dias nos surpreenderam. As pessoas entenderam que a pandemia, a parada das atividades ou a mudança do perfil do trabalho não significa que as contas devem deixar de serem pagas. Existe uma mudança grande na postura dos consumidores e eles estão percebendo a chegada do fim do prazo e que precisam estar em dia”, citou o diretor, completando que são poucos os casos em que, este momento, estariam passíveis de corte no fornecimento.

Diário da Manhã

Postado em 15 junho 2020 05:58 por JEAcontece
15.292.411/0001-75
TAPERA TEMPO

Desenvolvido com 💜 por Life is a Loop