O Presídio Estadual de Carazinho (Pecar) concedeu saída temporária para 39 presos do semiaberto, entre os dias 24 e 31 de dezembro do ano passado. Segundo o diretor-adjunto do Pecar, Eberson Tapia de Oliveira, o período foi dividido em duas etapas, tendo em vista que os detentos teriam sete dias corridos para usufruir do benefício e não pernoitar no presídio.

– Eles têm o horário estipulado para ficar recolhidos, que era das 22h às 6h. Foi do dia 24 a 28 e depois do dia 29 a 31 de dezembro – relatou Tapia, que afirma que apenas dois apenados não retornaram ao Pecar no fim do prazo.

Um dos apenados que não retornou foi capturado no mesmo dia, segundo Tapia, que ainda relata que o outro ainda está na condição de foragido. “A polícia está fazendo buscas, ele consta no nosso banco de dados como um foragido do sistema prisional. Assim que ele for abordado em patrulhamento, será recolhido”, avaliou o diretor do presídio, que explica que, ao retornar para a prisão, o apenado irá responder por um processo disciplinar administrativo e que, provavelmente, terá seu regime da pena regredido.

– Desta forma, o mais provável é que retorne ao regime fechado. Após a instrução do procedimento administrativo disciplinar, encaminhado à Vara de Execuções Criminais (VEC) Regional de Passo Fundo, que vai analisar, ouvir o preso e tomar a decisão – reforçou Tapia, que relata também que, como o número de presos no semiaberto diminuiu, o número de apenados que não voltou após a saída temporária também baixou. “Pelo motivo do incêndio que aconteceu, o número de presos está reduzido, isso pode ter influenciado. Porém, proporcionalmente falando, é a mesma situação do ano passado”, comentou o diretor.

Diário da Manhã Carazinho