CARAZINHO – Desportistas querem reunião com prefeito para debater sobre complexo esportivo

Postado em 13 abril 2021 14:00 por JEAcontece
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Sugestão é que encontro ocorra na quinta-feira (15), com representantes de clubes amadores e a Comissão de Esportes da Câmara. Objetivo é compreender as razões do Executivo para solicitar a devolução do Estádio Glória para usar a área para a construção

Uma comissão formada por desportistas carazinhenses quer ser recebida pelo prefeito de Carazinho, Milton Schmitz, na quinta-feira (15). A ideia é ouvir do gestor público municipal os motivos que o levam a solicitar a devolução do Estádio do Glória para usar a área para construção do Complexo Esportivo da cidade. A obra já tem verba federal assegurada de cerca de R$ 2,3 milhões.

Na semana passada, os onze conselheiros da Fundação Cultural e Esportiva de Carazinho – Fundescar reuniram-se em Assembleia para deliberar sobre o tema, já que a entidade é a atual proprietária do imóvel. Sem chegar a um denominador, eles decidiram adiar a decisão e darão continuidade à reunião, na próxima segunda-feira (19). Nesta ocasião querem ter conhecimento dos argumentos do Executivo para planejar a construção no Estádio do Glória.

O ex-vereador Paulinho de Moura contribuiu por anos com a causa desportista dedicando-se à várias entidades esportivas carazinhenses, entre elas Farroupilha e o Atlético, onde foi jogador e dirigente. Não ocupa cadeira na Fundescar, mas argumenta que quer contribuir positivamente com a evolução do esporte na cidade. Assim como os demais envolvidos, é a favor do Complexo, mas acredita que ela deva ser em outro local, para que a comunidade esportiva não perca um campo de futebol.

“Primeiro, o Campo do Glória é patrimônio cultural. Nele foi feito investimento muito grande quando ocorreu um temporal. Eu era vereador e o Antônio Azir era o presidente da Fundescar. Segundo, me parece que o Código de Posturas de Carazinho limita em 20% a área para estacionamento em construções deste tipo. Terceiro, o Ginásio tem que sair, não podemos ser contra, mas também precisamos saber porque tem que ser no Glória, sendo que existe um projeto de lei sancionado pelo então prefeito Renato Süss que a construção seria no terreno em frente do Grêmio Aquático. Isto elimina qualquer possibilidade de construção no Campo do Glória. Lá são 23 mil metros quadrados, enquanto que no Glória tem 12 mil metros quadrados”, argumenta Moura.

Ele menciona ainda que a intenção não é criar atrito, mas chegar a melhor conclusão possível.

“Sugerimos esta reunião pacífica com presidentes de times. Queremos ouvir o prefeito e entender porque ele acha que o melhor é o Campo do Glória. A partir de então, faremos nossa análise e trabalhar com o interesse coletivo. Qual o benefício que o Ginásio no Campo do Glória trará para o esporte amador de Carazinho?”, diz Paulino, lembrando que na Assembleia da Fundescar cogitou-se a possibilidade de solicitar contrapartidas como novos campos de futebol e melhorias no Estádio Paulo Coutinho em caso da concordância da devolução.

Moura está elaborando um dossiê para levar ao Executivo.

“Para mostrar que essa situação de fazer (a construção) no Campo do Glória não tem qualquer fundamento técnico. Pode ser uma posição pessoal do prefeito, e ele tem todo direto”, afirma o ex-vereador. Também segundo ele, a comissão de esportes que foi criada na Câmara com os vereadores Alécio Sella, Adriano Strack e Fábio Zanetti também deverá se envolver no debate. “Num futuro próximo isso pode custar caro para nós. Haverá jogos oficiais e não haverá estacionamento para estas pessoas. Lá no terreno em frente ao Aquático isso é perfeitamente possível. Minha posição é construir naquele local”, opina.

Contrapartidas

Representante do Grêmio Atlético Glória, Paulo Schettert é contrário a utilização do Estádio do Glória para a edificação do Complexo Esportivo.

“Esta questão está em aberto, ainda não decidimos. Meu voto é não e todos concordamos em alguma contrapartida, como uma área similar ao Glória para o esporte. Dar gratuitamente sou contra, mas acho que deve haver uma contrapartida. Além disso, sou contra também pelo valor histórico que aquele espaço tem”, sinalizou.

José Amadeu Tolotti, presidente do Vasco da Gama, tem opinião semelhante.

“Precisamos de campo de futebol. Temos mais de 20 times de futebol em Carazinho que precisam de um local para jogar. Como aceitar? Queremos muito um Ginásio, mas desfazer do Campo do Glória não comporta. É preciso de uma área maior, pela exigência do estacionamento e tem locais mais apropriados para esta construção. Precisamos que façam mais campos e não o contrário”, menciona.

O desportista faz outras reivindicações.

“Mais condições para os clubes. Muitos presidentes desistiram por estarem ficando pobres. Outras cidades dão recursos para os times se manterem. Temos condições de fazermos grandes campeonatos, inclusive regionais. É só querer. Precisamos de futebol, levar as famílias assistir, torcer. Precisamos criar mais campos e arrumar os que já existem”, sugeriu.

Diário da Manhã

Postado em 13 abril 2021 14:00 por JEAcontece
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