A informação partiu de Éberson Tápia, integrante da administração do Presídio Estadual de Carazinho, em entrevista para a Rádio Gazeta na qual ele foi questionado sobre a existência de uma greve de fome dos detentos, e elaboração de um abaixo-assinado referente a transferências. Segundo ele houve averiguações neste sentido e não condiz com a realidade.
”Conversamos com os presos, e o que aconteceu foi que alguns presos da galeria A reivindicavam a transferência de local de outros presos da mesma galeria, que estão alojados na cela 3, foi feito contato com eles, presos que não estavam tendo compatibilidade com a massa carcerária. Parece que o movimento partiu de alguns presos da galeria A que não aceitavam presos da cela 3, possuem inimizades, reivindicavam sua saída daquele local, mas temos hoje no presídio 23 celas, 323 presos, uma superlotação recorde, não é muito fácil conseguir adequar como eles pretendem, eles tem que aprender a conviver”.
Ainda segundo Éberson há informações de que os presos da galeria A estão tendo influência de uma facção criminosa denominada ”Os Manos”, e provavelmente essas pessoas tem dado ordens para alguns presos da galeria A.
A administração do presídio está tentando identificar os líderes e garante que se essa situação porventura causar problemas o comando da Susepe (Superintendência dos Serviços Penitenciários), 4ª Delegacia Penitenciária e Grupo de Intervenção da Susepe estão a postos para uma intervenção por ato de indisciplina dos presos. ”Estão sob alerta. Será tomada essa medida, mas por enquanto a situação é tranquila”.
Éberson também informou que há tempo há rumores dessa ramificação da facção em Carazinho depois que o nome ”Os Manos” foi pichado pela cidade. Facções como essa anteriormente existiam só na capital gaúcha, mas ganham força no interior devido a fragilidade dos presídios, policiamento menor no interior em comparação ao da capital, e onde os criminosos estão conseguindo vender drogas e cometer assaltos como a agências bancárias e caixas eletrônicos.
Gazeta AM
