Câncer de rim: silencioso, pouco frequente, mas agressivo

Postado em 23 junho 2020 06:04 por JEAcontece
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Dia Mundial de Combate ao Câncer de Rim ocorre em junho e alerta para a conscientização desta doença

O câncer de rim não está entre os tipos mais incidentes na população brasileira, mas é muito agressivo. É uma doença silenciosa. Não existe uma rotina de exames para o diagnóstico precoce deste tipo de câncer. Quando os sintomas aparecem, a doença pode estar em estágio avançado. E para ampliar a conscientização sobre este câncer, ocorre, neste domingo, 21 de junho, o Dia Mundial de Combate ao Câncer de Rim.

No Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), são cerca de 6,5 mil novos casos de câncer renal por ano. É o terceiro tumor geniturinário mais comum no país e a incidência é quase duas vezes maior entre os homens.

Doença silenciosa
Cerca de 30% dos pacientes são diagnosticados com a doença avançada. “São quase sete mil novos casos, sendo cerca de quatro mil mortes por ano. Isso evidencia uma realidade de diagnósticos tardios, com menores chances de cura. É uma doença silenciosa, manifestando-se clinicamente apenas em estágio mais avançado. Infelizmente, não existe rotina de diagnóstico precoce”, enfatiza o oncologista clínico do Centro de Tratamento do Câncer (CTCAN), Dr. Alvaro Machado, membro do Conselho Consultivo da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC).

Em geral, os sinais e sintomas de câncer renal são inespecíficos e ocorrem também em doenças renais benignas. “O sinal inicial mais frequente é sangue na urina, chamado de hematúria, que pode ser microscópica, identificada apenas no exame de urina. Dor lombar de baixa intensidade e contínua pode ocorrer. Emagrecimento, falta de apetite, febre e tumoração abdominal palpável, em geral, são sinais de doença avançada”, alerta Machado.

Hábitos de vida saudáveis
Os principais fatores de risco são: tabaco, sedentarismo, obesidade, hipertensão, álcool, diabetes, exposição ao cádmio, asbesto e derivados do petróleo, como a gasolina. “Não existe recomendação de rastreamento do câncer renal, mas é possível diminuir o risco de desenvolver esta doença, evitando os fatores de risco e mantendo hábitos de vida saudáveis”, destaca o oncologista.

Avanços importantes no tratamento
Nas últimas duas décadas, novos tratamentos surgiram, modificando radicalmente a abordagem à doença avançada. A Imunoterapia (ativação do sistema imune no combate do câncer) e a terapia alvo (antagoniza mecanismos específicos das células cancerígenas) são alguns desses tratamentos eficazes, já que a o câncer de rim é resistente à quimioterapia. “A cirurgia permanece sendo o pilar para a cura. Terapias alvo e imunoterapia são o padrão de tratamento atual, tanto isoladas como em associação, proporcionando longo controle da doença e qualidade de vida”, comenta Machado.

Em muitos casos, não é mais preciso a retirada total do órgão, removendo só a parte do tumor. “Tumores pequenos e restritos podem ser retirados, com segurança, com cirurgias preservadoras do rim. Isso facilita o uso de medicamentos múltiplos, não só para o câncer”, observa o oncologista.

Assessoria de Imprensa CTCAN

Postado em 23 junho 2020 06:04 por JEAcontece
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