Brasil registra números alarmantes de acidentes de trabalho

Postado em 05 novembro 2019 09:03 por JEAcontece
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No mundo moderno, a sociedade em geral tem passado mais tempo em seus empregos, sejam eles dentro ou fora de escritórios, do que em seus próprios lares. Há um ditado popular que diz que “o trabalho dignifica o homem”, porém isso não pode ser uma regra levada ao pé da letra e a qualquer preço.

Sendo assim, o que mais deveria ser levado como prioridade nas organizações são as questões relacionadas à saúde do trabalhador e sua segurança. “Com o passar do tempo, foram sendo criadas e melhoradas leis e normas a fim de dar suporte e direcionamento a profissionais, empregados e empregadores, quanto a diretrizes básicas de segurança e medicina do trabalho, para garantir melhores condições ao ambiente em que se desenvolve a atividade laboral”, comenta o Coordenador dos Cursos de Engenharia Elétrica, Mecânica e da Produção da IMED, Me. Evandro Carlos Soffiatti, que atualmente ministra a Disciplina de Engenharia e Segurança do Trabalho na graduação.

Mas desde quando as empresas começaram a ter cuidado com esse tipo de questão? “Sabe-se que o princípio da história é muito mais antigo, mas, no Brasil, em 1978 foi aprovada a portaria n° 3.214 que configurou 28 normas regulamentadoras relacionadas à segurança e medicina do trabalho. Nos dias atuais esta portaria foi modificada e ajustada, com o intuito de criar normas específicas às mais diversas áreas laborais, sendo um total de 36 normas regulamentadoras (NR’s) obrigatórias, tanto em empresas privadas, quanto nas públicas, que possuam empregados registrados pela CLT. A partir da história trabalhamos com a atualidade e nela a busca por eficiência e competitividade leva as organizações a desenvolverem processos produtivos de alta performance, buscando alto desempenho e máxima qualidade, mas há alguns “desencontros” à preocupação com a segurança e saúde dos operadores inseridos nestes, por isso enfrenta-se dificuldades para conciliar produtividade com segurança e saúde ocupacional”, explica Evandro.

A Engenharia da Segurança do Trabalho forma um elo entre o reconhecimento dos riscos do ambiente com antecipação e o tratamento do problema para preveni-lo, evitando potenciais promotores dos acidentes, como destaca o docente: “Sob este princípio, a atividade do Engenheiro de Segurança, aliado a técnicos, médicos do trabalho, empregadores e empregados, consolida-se em um trabalho de prevenção. Assim a atividade dos profissionais atuantes na área pode ser considerada um “escudo”, que protege empregadores e empregados dos riscos laborais, mas, mesmo em poder da avalanche de informações que nos cerca, não podemos ser omissos à realidade, pois ela nos mostra muitos problemas, um campo muito grande de atuação ainda desocupado pelo profissional da segurança, proporcionando resultados negativos no cenário nacional”.

Acidentes de trabalho
Segundo dados levantados pelo Anuário Estatístico da Previdência Social, em 2016 cerca de 579 mil acidentes de trabalho foram registrados, sendo que 82% foram informados e apenas 18% não foram notificados. Dentre os motivos dos acidentes estão os típicos da função (74,6%), durante trajeto casa/trabalho (22,8%) e por motivo de doença (2,6%).

Destes acidentes, 52,5% ocasionaram o afastamento do trabalhador de suas funções por menos de 15 dias; 28,9% afastaram funcionários por mais de 15 dias das empresas; em 16,1% dos casos houve a necessidade de assistência médica; 2,1% incapacitaram permanentemente os colaboradores; e em 0,4% das ocorrências foi ocasionado o óbito do trabalhador.

Conforme destaca Soffiatti, os números são alarmantes e reacendem a preocupação de que não se está tendo a atenção necessária para a questão da segurança do trabalhador.

Agência Brasil

Postado em 05 novembro 2019 09:03 por JEAcontece
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