A Poliomielite, doença que assombrou o mundo no passado, mas que foi quase erradicada devido a intensas campanhas de vacinação, voltou a preocupar o mundo. O Departamento de Saúde do Estado de Nova York e a Agência de Segurança de Saúde do Reino Unido (UKHSA) informaram nesta semana que amostras do vírus que causa poliomielite foram identificadas em esgotos, sugerindo provável circulação do mesmo. Para conter um surto da doença, vão intensificar a vacinação na população naquele local. A doença pode levar à paralisia permanente dos braços e pernas e até a morte em alguns casos e a vacina é a única arma.
Sobre este assunto a Uirapuru conversou com a Dra. Luidia Giacomini, que é neurologista e integrante do Corpo Clínico do Hospital São Vicente de Paulo de Passo Fundo. A médica explicou que a vacina conta a polio representa uma das maiores conquistas médicas do mundo.
A poliomielite já foi endêmica e o último caso notificado no Brasil foi em 1990, tendo certificado de área livre da doença desde 1994. No entanto, este não é um fator que tranquiliza e elimina a vacina. A médica alertou que é preciso manter a vacina em dia. O vírus da polio é transmitido pelo contato com água, fezes e alimentos contaminados, a exemplo de outros patógenos que agem desta forma.
Uma parcela dos infectados vai ter sintomas como diarreia, vômito e dor de cabeça. Mas quando ele atinge o sistema nervoso central pode haver a destruição das células nervosas, gerando a paralisia, que antigamente era chamada de paralisia infantil. Esta paralisia pode afetar o funcionamento adequado dos pulmões. A médica seguiu dizendo que a vacina é feita de forma injetável até um ano de idade da criança e depois por gotinha.
Lembrou que as vacinas não oferecem risco e devem ser feitas sem medo, tendo apenas restrições para crianças que estão em tratamento que afetem a imunidade. O pediatra será o profissional que vai orientar as famílias, caso existam dúvidas. Sobre a baixa procura pela vacina contra a polio, detectada desde 2016, a médica acredita que, por trás disso, existe a falsa sensação de que não há necessidade e também as fake news envolvendo as vacinas, algo que prejudica a saúde da população em geral. Reiterou a importância dos pais realizarem a vacinação dos seus filhos para garantir assim a proteção.
Rádio Uirapuru
