Ontem (15) veio à tona uma denúncia de abusos sexuais ocorridos em um grupo de escoteiros, de Fontoura Xavier. De acordo com a investigação, o ex-chefe do grupo é acusado de abusar de um grupo de crianças e adolescentes que participavam do movimento de escotismo. O caso chamou a atenção para a importância dos pais estarem atentos ao comportamento dos filhos e com quem eles se relacionam para evitar que novos episódios como esse aconteçam.

Sobre o assunto, o psiquiatra Carlos Hecktheuer explicou que existem modificações no comportamento da criança abusada. Ela fica assustada, recolhida, não quer ir a aula, se afasta do convívio, entre outras mudanças. A agressão física e psicológica envolvendo a sexualidade faz com que a criança transtorne todo o seu modo de ser.

O psiquiatra falou que os pais, estando atentos ao comportamento dos filhos, podem identificar com certa facilidade quando pode ter algo errado com a criança. Hecktheuer ressaltou, porém, que muitas vezes os responsáveis não vão investigar os motivos da mudança de comportamento. Em alguns casos, negam que o problema esteja acontecendo. Para o psiquiatra, a escola também tem um papel fundamental nessa observação, pois a criança, quando abusada, não quer brincar, estudar e interagir com os colegas.

O psiquiatra destaca que o abuso sexual contra crianças causa uma incredulidade muito grande. As pessoas não acreditam que um adulto possa se aproximar sexualmente de uma criança.

Dr. Hecktheuer afirmou que esse tipo de violência desestrutura a criança e é muito difícil de recompor a estrutura emocional. Ela passa a ver a sexualidade como um sinônimo de desprazer e perde a confiança nos adultos. O psiquiatra avalia que alguns seres humanos têm muito mal resolvidas as questões sexuais e, por isso, acabam cometendo esses abusos.

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Rádio Uirapuru