Os benefícios da amamentação são ressaltados durante a campanha Agosto Dourado, que evidencia a importância do ato para a saúde do bebê e da mãe. A orientação em manter o aleitamento materno deve ser acompanhada de alguns cuidados durante o período de pandemia. Confira as orientações da fonoaudióloga Analice Lusa, com a colaboração da Fonoaudióloga Residente do Programa de Residência Multiprofissional Materno-Infantil/Neonatologia, Tuane Pedretti:

“Sabe-se que o aleitamento materno além de ser a maior fonte de nutrição para o recém-nascido, protegendo-o de várias doenças, é também uma estratégia para estabelecer relação de cuidado, segurança, bem estar, carinho e amor, propiciando uma relação afetiva e constituindo vínculo entre a mãe e o bebê.

As pesquisas realizadas neste contexto não evidenciaram a presença de transmissão do coronavírus no leite materno, não sendo possível então a transmissão através da amamentação. Contudo, uma mãe infectada pode transmitir o vírus através de gotículas respiratórias durante a amamentação. Vivemos hoje uma situação de pandemia onde tudo ainda é incerto. Com a relação à amamentação não está sendo diferente. Ao mesmo tempo em que se incentiva o aleitamento materno busca-se respostas sobre como fazê-lo sem colocar em risco a saúde dos pequenos.

Caso a mãe não tenha nenhum sintoma gripal, nem tenha tido contato com pessoas com quadros respiratórios ou de infecção causada pelo coronavírus, o aleitamento materno deve ser incentivado de forma natural, desde a primeira hora de vida.

Caso contrário, deverá realizar desde o primeiro dia do nascimento, medidas e precauções necessárias como forma de proteção ao bebê. Vale lembrar que a transmissão do coronavírus acontece através de gotículas de saliva em contato com os olhos, nariz e boca, por isso é tão importante tomar as medidas preventivas necessárias:
– Lavar bem as mãos com água e sabão antes e depois de tocar no bebê;
– Usar máscara sempre, lembrando que é preciso cobrir o nariz e a boca;
– Evitar que o bebê toque o rosto da mãe, especialmente boca, nariz e olhos;
– Em caso de mães suspeitas ou confirmadas de COVID-19 os cuidados com o bebê após as mamadas devem ser realizados por outra pessoa, desde que não tenha sintomas e que realize todos os cuidados necessários.

Desta forma a amamentação permanece sendo recomendada, mesmo no período de pandemia, desde que sejam tomadas todas as precauções cabíveis para garantir a segurança da mãe e do bebê. Além disso, é importante ressaltar que o aleitamento materno é orientado pelo Ministério da Saúde até os 6 meses de idade de forma exclusiva e complementar até os dois anos, prezando sempre pelo desenvolvimento e crescimento saudáveis de crianças de todas as idades.”