Ações de manejo podem amenizar calor no rebanho leiteiro

Postado em 30 dezembro 2019 16:00 por JEAcontece
15.292.411/0001-75

Permitir pastoreio a noite e molhar os animais estão entre as estratégias que podem ser adotadas

Não somente os seres humanos sofrem com o calor intenso. O período mais quente do ano também prejudica o rebanho leiteiro e, em alguns casos, chegando a provocar perdas na produção. No entanto, os produtores podem adotar medidas que amenizam as altas temperaturas permitindo que as vacas não sofram tanto nesta época.

O coordenador do departamento veterinário da Cotrijal, Alan Issa Rahman, detalhou ontem (26), durante o Programa Informativo Cotrijal veiculado pela Diário AM 780 de Carazinho as estratégias que poder ser praticadas.

Segundo o profissional é possível criar condições de mais conforto para as vacas evitando que elas sofram com o chamado estresse calórico.

“A temperatura e a umidade afetam muito o rebanho e por óbvio quando mais alta a temperatura pior a situação. O animal consegue suportar um ambiente de até 22 graus. Acima disso ele já começa a sair de sua zona de conforto ambiental e sofrer”, contextualiza.

A primeira dica dada pelo médico veterinário é permitir o pastoreio do rebanho no período noturno.

“Como a tendência é a pouca alimentação durante o dia, o pastoreio a noite fará com que ela compense muito daquilo que ela deixou de comer de dia”, esclarece.

Outra medida importante é molhar a vaca.

“As pessoas pensam primeiro em ventilar, mas pesquisas mostram que molhar as vacas num primeiro momento ajuda muito mais. A dica é molhar as paletas do animal mais para traz. É uma ação de manejo que dá muito resultado, tanto na produção de leite quanto na reprodução. Depois pode-se pensar sim, em ventilar”, ensina. “Se o produtor tomar estas três medidas estará ajudando muito o seu rebanho e amenizando perdas”, conclui.

Pensando em contribuir neste sentido, a Cotrijal lançou uma linha de rações específicas para este período, denominada Gold Verão.

“Ela contém aditivos que podem ajudar a amenizar os efeitos do calor, associada com as ações de manejos citadas. Vem com microminerais e vitaminas importantes para os animais neste período. Também possuem óleos essenciais que facilitam a circulação sanguíneas nas exterminadas permitindo que elas percam mais calor”, detalha.

Sem el niño e la niña
O verão no Hemisfério Sul começou no domingo (22) e termina no dia 20 de março de 2020 às 3h50 (Horário de Brasília). De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia – Inmet, não deverá haver influência do fenômeno El Niñoou La Niña no período, o que indica que as chuvas ficarão dentro da normalidade no período.

Segundo análise do Inmet, as condições da temperatura da superfície do mar no Oceano Pacífico Equatorial estão dentro das suas características normais, sem significativos desvios em relação à média, indicando que a área do fenômeno El Niño está em sua fase neutra, portanto sem atuação de El Niño ou La Niña. Os modelos de previsão indicam probabilidade elevada de que a condição de neutralidade se mantenha ao longo de todo o verão.

Nessa estação, as chuvas são frequentes em praticamente todo o país, com volumes acumulados que variam, predominantemente, entre 500 e 900 mm; com exceção do extremo sul do Rio Grande do Sul, nordeste de Roraima e leste do Nordeste, onde os acumulados de chuvas no período são inferiores a 400 mm.

Nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, as chuvas neste período são ocasionadas principalmente pela atuação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), enquanto que no norte das regiões Norte e Nordeste, a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) é o principal sistema responsável pela ocorrência de chuvas. Os maiores volumes de precipitação podem ser observados sobre o sudeste do Amazonas e norte do Mato Grosso, podendo alcançar totais de chuvas superiores a 900 mm, entre os meses de dezembro a fevereiro.

Diário da Manhã

Postado em 30 dezembro 2019 16:00 por JEAcontece
15.292.411/0001-75
TAPERA TEMPO

Desenvolvido com 💜 por Life is a Loop