Lucas Paloschi visita Ibirubá e conta sobre a carreira e estudos nos EUA
Já pensou em morar em outro país para conseguir alcançar os seus sonhos? Mudar de vida, enfrentar o desconhecido sozinho, deixar amigos e familiares para ir em busca de um desejo. Isso foi o que Lucas Paloschi, jovem de 23 anos, natural de Ibirubá, optou em fazer. Escolhas difíceis mas que tinham um objetivo: ser nadador. Formado em agronomia pela UFRGS e mestrando em economia agrícola, Lucas chegou a Ibirubá na quinta-feira (20), depois de mais de um ano longe da cidade. Quando optou em ir morar nos Estados Unidos, o objetivo era aperfeiçoar a natação e estudar. A mudança aconteceu quando estava há dois anos na faculdade e segundo o pai, Rafael Paloschi, foi um dos momentos mais difíceis que a família já enfrentou, “Foi uma despedida dolorosa. A viagem mais longa e silenciosa que fizemos foi de Porto Alegre, do aeroporto, até Ibirubá. É muito difícil mas foi necessário”, relembrou o pai.
A história de Lucas com a natação iniciou ainda no município, aos sete anos teve suas primeiras competições escolares e contou com professores como Ivan Frederich. No entanto, a falta de estrutura na cidade para a modalidade de natação, foi motivador para que Lucas e a família procurassem outros lugares. Quando tinha 12 anos, ainda criança foi morar em Porto Alegre, onde treinou por cinco anos no Grêmio Náutico do União. Esta fase da carreira, ainda no Brasil, foi marcada por grandes competições e conquista de medalhas, ficando em segundo lugar no Campeonato Brasileiro de 2015 e terceiro lugar em 2014 “Sou um cara competitivo e a natação me dava bastante alegria, competições, amigos”, contou.
Quando se mudou para os Estados Unidos, Lucas competiu por dois anos e conciliou os treinos com as aulas na universidade. Devido a política do país que permite que atletas que são estudantes só participem de competições por quatro anos, Lucas teve um tempo curto na natação no exterior “Quando a inexigibilidade terminou tive que continuar estudando. Como fiz dois anos de faculdade aqui, somando os dois anos lá, o sistema universitário não permitia continuar nas competições. Foi o momento que precisei rever minhas prioridades, já estava há 10 anos na natação, então optei por terminar a minha formação”, explicou o atleta e engenheiro, que conquistou o recorde da universidade, ainda não superado, de 50 jardas.
Lucas mora no estado de Missouri, na cidade de Springfield, formado em agronomia, ele está finalizando o mestrado voltado à economia e agricultura. O ibirubense, que já está vacinado contra a covid-19, vivenciou os dias difíceis da pandemia. Segundo ele, o lockdown foi decretado por duas semanas e a população não saia nem para ir ao mercado “Hoje a vacinação já está bem evoluída e cada estado tem suas leis, em alguns já não precisa mais do uso de máscara, em outros precisa”, disse. Entre as principais diferenças encontradas no estilo de vida com o Brasil, estão os pátios das residências que são abertos e a educação dos cidadãos, principalmente com quem é de fora. Para conquistar seus objetivos, Lucas precisou deixar amigos e família no Brasil, construindo assim uma vida distante do que estava acostumado. No entanto, a distância parece estar próxima de ser solucionada, entre os objetivos para o futuro, está em retornar ao Brasil para trabalhar em sua área, “Quero aplicar o que aprendi por aqui. Estudei muito sobre mercados agrícolas, quero ganhar experiências colocando em prática tudo que aprendi”, destacou. O pai Rafael, não esconde a felicidade e orgulho da caminhada do filho, apoiador e incentivador do esporte, ele relembra a importância de estar ao lado do filho, “Lucas alcançou os objetivos de cara limpa, com esforço e dedicação. Faríamos tudo de novo por ele e hoje muito melhor”, disse o pai.
Rádio Cidade Ibirubá
