Nesta quinta-feira, 15, na Sala de Reuniões, a Cotriel, com apoio das Sementes Agroceres e a Lavoro Casa Trevo promoveram o 1º Fórum da Silagem de Milho.
Na abertura, o gestor do departamento de produção animal, Jefersson Keller frisou a grande presença dos produtores da região, que tiveram a oportunidade de aprimorar suas técnicas de produção de silagem de milho. “A silagem é o ponto fundamental da produção de leite, pois sem volumoso o animal não produz. Os produtores participaram, interagiram e questionaram, mostrando o seu interesse em buscar novas ideias e rumos, saindo com uma visão totalmente diferente, pois muitas vezes erramos no detalhe e isso acaba pesando na propriedade. Conseguimos controlar o que acontece da porteira para dentro, sendo que quando é possível minimizar as perdas desde o plantio até o corte, a ensilagem e as perdas no silo, representa muito, uma vez que todo este manejo tem de se transformar em leite e carne e este custo-benefício é muito grande e já que vai fazer, que faça bem feito, pois o investimento na adubação e em um bom híbrido é expressivo e com margens cada vez mais apertadas , quanto mais você entregar para este animal em qualidade de forragem, a rentabilidade dele irá retornar em lucro”, frisou.

A primeira palestra da manhã foi do Engenheiro Agrônomo, Luis Otávio de Lima. Ele destacou a importância da silagem de milho no sistema de produção animal, mesmo que as tendências apontem para sistemas mais intensivos: “Em confinamentos onde esta é a base alimentar ou em sistemas pastoris com foco em pastagem, a silagem vai dar estabilidade de produção, pois é um alimento de alta variabilidade, pois com um clima frio, tempo nublado, chuva, a taxa de crescimento de pastagem é baixa e a silagem por ser um alimento conservado proporciona uma boa taxa de estabilidade. A silagem de milho permite escalar, permitindo que se produza muita matéria seca por área, com custo mais baixo e é o que tem melhor conversão. Mesmo após três anos seguidos de estiagem, a perspectiva de um fenômeno El Niño é uma condição favorável para se produzir milho, produzir matéria seca e recompor estoque de silagem. O produtor precisa conhecer a demanda do seu rebanho, quantos quilos de silagem são consumidos diariamente e a expectativa de produção desta área para definir quantos hectares serão feitos de silagem. Também viemos de anos de muito consumo por parte dos animais devido à estiagem e a condição deste ano é importante para que as propriedades reponham este estoque”, afirmou.

Flávio Carlet, da Sementes Agroceres apresentou os híbridos de milho da empresa e os produtos que podem ser utilizados para melhorar a qualidade da silagem: “Procuramos posicionar os nossos materiais e comentar sobre a questão de manejo para se buscar alto potencial de silagem. A cultura do milho tem alguns aspectos importantes para o produtor levar como processos na lavoura. Estamos em manejo de pré-plantio de milho, com início das dessecações entre o final de julho e o começo de agosto, sendo que ente o fim de agosto e o começo de setembro iniciam os plantios do cereal. O manejo com lavoura bem dessecada, uniforme, observando os intervalos de dessecação e plantio, gera bons resultados e recomendamos que a partir do momento da compra da cultivar, que o produtor já veja o manejo da peneira referente ao material, a fim de que possa escolher de forma mais assertiva o disco ou anel para colocar na plantadeira, regular com antecedência o equipamento, linha por linha, colocando a quantidade correta de semente e de adubo, pois uma lavoura desuniforme compromete o resultado final.

Na última palestra do dia o professor Dr. João Ricardo Pereira, do Paraná, destacou que o momento é propício para a silagem, uma vez que o custo para fazer o alimento baixou significativamente. Disse que as tecnologias que a Cooperativa e as empresas já possuem, proporcionam ferramentas para o produtor conduzir bem a lavoura e manter uma boa produtividade: “O cuidado fundamental necessário é transformar esta boa lavoura em uma boa silagem. Para que o resultado final seja melhor, é fundamental pensar no momento de corte, com maior participação e amido na silagem, e quem define esta janela de corte é o produtor, com o correto manejo de fungicidas e adubação da área. Também é importante definir o que se quer em termos de produto, com tamanho de picado e processamento de grãos, que de uma forma muito simples pode ser conferida pelo produtor, pegando-se um copo de 1 litro e analisando a quantidade de grãos inteiros. Se passar de dois a três, ele deve voltar e acompanhar pois a máquina precisa de uma regulagem. Só assim, é que os animais irão consumir este material, pois caso não o façam, o amido da dieta deverá ser reposto com outros alimentos, aumentando o custo para que o animal produza o leite necessário para pagar esta conta”, encerrou.