Hoje, 10 de novembro, celebra-se o dia do trigo. A região celeiro gaúcha tem uma afinidade muito grande com essa cultura agrícola, que está sendo colhida atualmente. As cooperativas de produção que tem o “tri” no nome, Cotrijal, Cotrisoja, Cotribá, Cotrisal, e tantas outras, derivam da palavra trigo. Era o produto expoente nas décadas de 1960 e 1970, antes da propagação da soja.
O diretor do INCIA, professor Elmar Luiz Floss, doutor em agronomia, explica que o trigo é originário do Oriente Médio e da Ásia, por isso, é citado inúmeras vezes na bíblia. No Brasil, lembra ele, foi trazido de Portugal, há quase 500 anos, na expedição de Martin Afonso de Souza, em 1534. Plantado inicialmente no litoral de São Paulo, não deu certo em virtude das condições de solo. Mais tarde com a chegada dos colonizadores europeus, italianos, alemães e austríacos, o produto voltou a ser plantado em 1824, mas na região de Porto Alegre, igualmente, apresentando problemas em virtude de acidez e alumínio na terra.

A cultura evoluiu na década de 1970. O Rio Grande do Sul, chegou a cultivar 1,9 milhão de hectare e tornar o país auto-suficiente na produção.  Por problemas de preços e ciclos longos, o que atrasava o plantio da soja que já estava em expansão, a área caiu para apenas 300 mil hectares(ha) e hoje ocupa 1,4 milhão de ha.  O Brasil consome cerca de 13 milhões de toneladas de trigo e a produção, considerando o aumento nos últimos três anos, poderá chegar a 10 milhões de toneladas na colheita atual.
Passo Fundo, sedia um dos principais centros brasileiros de pesquisa de desenvolvimento de genética de trigo, Embrapa, Biotrigo e OR Genética, além da Semevínea, em Ernestina.  Essas empresas pesquisam durante anos, novas cultivares de sementes, para depois disponibilizar aos agricultores para plantio.

 

Rádio Uirapuru