Em novembro, IBGE prevê safra 15,4% maior que a de 2012

Postado em 12 dezembro 2013 07:28 por JEAcontece
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A décima primeira estimativa da safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas totalizou 186,8 milhões de toneladas, superior 15,4% à obtida em 2012 (161,9 milhões de toneladas), e com queda de 21.729 toneladas em relação à estimativa de outubro (-0,0%). A estimativa da área a ser colhida em 2013 (52,7 milhões de ha), cresceu 7,9% frente a 2012 (48,8 milhões de ha) e caiu 12.810 ha em relação a área prevista no mês anterior (-0,0%). Juntos, o arroz, o milho e a soja, os três principais produtos deste grupo, representaram 92,8% da estimativa da produção e 86,2% da área a ser colhida. Em relação às áreas colhidas em 2012 houve acréscimos de 7,6% para o milho, 11,2% para a soja e recuo de 0,8% no arroz. No que se refere à produção, ainda em relação a 2012, os acréscimos foram de 2,4% para o arroz, de 12,8% para o milho e de 23,8% para a soja.A publicação completa da pesquisa pode ser acessada em www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/agropecuaria/lspa.

Entre as Grandes Regiões, o volume da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas apresentou a seguinte distribuição: Centro-Oeste, 78,4 milhões de toneladas; Região Sul, 72,2 milhões de toneladas; Sudeste, 19,6 milhões de toneladas; Nordeste, 12,0 milhões de toneladas e Norte, 4,6 milhões de toneladas. Em relação à safra passada, houve altas de 10,8% na Região Centro-Oeste, 30,7% na Sul, 1,9% na Sudeste e 1,4% na Nordeste. Na Região Norte houve queda de 3,8%. Nessa avaliação para 2013, o Mato Grosso liderou em produção de grãos, com uma participação de 24,6%, seguido pelo Paraná (19,5%) e Rio Grande do Sul (15,8 %), que somados representaram 59,9% do total nacional previsto.

Na estimativa de novembro em relação a outubro destacaram-se as variações nas estimativas de produção da batata-inglesa 3ª (1,0%), do feijão 3ª (2,9%) e do trigo (1,8%).

BATATA-INGLESA 3ª Safra – A estimativa da produção da batata-inglesa 3ª safra em novembro foi de 742.808 toneladas, com alta de 1,0% em relação a outubro, reflexo de um aumento de 1,8% na área plantada e na área a ser colhida, apesar da queda de 0,7% no rendimento médio. Este aumento é explicado por reavaliações de Goiás e Minas Gerais, principais produtores dessa safra, com participações respectivas de 27,2% e 40,6% no total.

FEIJÃO (em grão) 3ª safra – Para o feijão 3ª safra, a estimativa de produção foi de 520.225 toneladas, registrando um aumento de 2,9% frente a outubro. Esse aumento deveu-se, principalmente, à alteração nos números de Goiás (10,7%) que realizou novo levantamento de campo atualizando os números.

TRIGO (em grão) – A produção nacional esperada para novembro é de 4.971.520 toneladas, numa área plantada de 2.188.861 ha e um rendimento médio esperado de 2.273 kg/ha. A área plantada, a produção e o rendimento médio cresceram, respectivamente, em 0,1%, 1,8% e 1,7% comparados a outubro. Esses acréscimos devem-se, principalmente, ao Paraná.

Estimativa de novembro em relação 2012

Dentre os vinte e seis principais produtos, quinze apresentaram variação percentual positiva na estimativa de produção em relação a 2012: amendoim em casca 1ª safra (12,5%), arroz em casca (2,4%), batata-inglesa 1ª safra (2,5%), batata-inglesa 2ª safra (7,9%), cacau em amêndoa (1,9%), cana-de-açúcar (6,1%), cevada em grão (7,3%), feijão em grão 2ª safra (20,1%), feijão em grão 3ª safra (7,3%), milho em grão 1ª safra (3,2%), milho em grão 2ª safra (21,2%), soja em grão (23,8%), sorgo em grão (0,7%), trigo em grão (13,5%) e triticale em grão (3,7%). Houve onze produtos em queda: algodão herbáceo em caroço (31,3%), amendoim em casca 2ª safra (13,1%), aveia em grão (4,0%), batata-inglesa 3ª safra (9,8%), café em grão – arábica (4,1%), café em grão – canephora (14,7%), cebola (3,2%), feijão em grão 1ª safra (8,6%), laranja (14,2%), mamona em baga (43,0%) e mandioca (11,3%).

Em números absolutos, as maiores altas em relação 2012 ocorreram em cana-de-açúcar, soja, milho e trigo, e as maiores quedas foram em mandioca, algodão herbáceo e laranja.

ALGODÃO HERBÁCEO (em caroço) – A produção de 3,4 milhões de toneladas é 31,3% menor que a de 2012, devido, principalmente, às reduções da área plantada (33,3%), atribuída à regularização dos estoques com as safras colhidas nos dois anos anteriores (2011 e 2012), à queda na demanda européia e às altas cotações da soja, produto que concorreu em 2013 com áreas anteriormente destinadas à cultura do algodão. O Mato Grosso, principal produtor, participou com 54,7% da produção nacional.

ARROZ (em casca) – A safra nacional, de 11.664.154 toneladas, foi 2,4% maior que a obtida em 2012. O rendimento médio, de 4.963 kg/ha, foi superior ao do ano anterior (3,3%) proporcionando este acréscimo na produção, apesar da redução de 0,9% da área plantada e de 0,8% na área colhida. O Rio Grande do Sul é o maior produtor nacional, com 69,4% de participação no total.

CAFÉ (em grão) – As duas espécies em conjunto (arábica e canephora) apresentaram um decréscimo de 6,7% na produção em relação a 2012. A safra 2013, estimada em 2,8 milhões de toneladas (47,6 milhões de sacas de 60 kg de café em grãos beneficiados), teve redução de 3,4% na área colhida. A área total ocupada com a cultura em todos os estágios de desenvolvimento apresentou queda de 2,3%.

Restam poucas áreas de arábica a serem colhidas. O decréscimo de 4,1% na produção nacional, em relação a 2012 foi consequência, principalmente, da particularidade desta espécie, que alterna safras de “altas e baixas”. A produção nacional de café arábica para 2013, estimada em 2.209.412 toneladas, equivale a 36,8 milhões de sacas de 60 kg. Minas Gerais, principal produtor desta espécie de café, participa com 69,0% da produção nacional.

Para o canephora, também com poucas áreas a serem colhidas, a estimativa para 2013, de 646.595 toneladas (10,8 milhões de sacas), foi 14,7% menor que a produção de 2012, em uma área de colheita de 461.285 ha, menor 8,5%. O Espírito Santo, maior produtor, participou com 75,7% da produção da espécie no País.

CANA-DE-AÇÚCAR – Restando ainda alguns estados do Nordeste e Centro Oeste por concluir a colheita, a produção nacional de cana-de-açúcar em 2013 apresentou um crescimento de 6,1% em relação a 2012, alcançando 712,0 milhões de toneladas. A área colhida ou destinada à colheita no ano apresentou um acréscimo de 1,0%. O rendimento médio aumentou 5,1%, sendo beneficiado por uma maior renovação dos canaviais e pelas melhores condições climáticas.

Na Região Sudeste se concentra 64,8% da produção nacional. São Paulo, responsável por 53,6% da produção brasileira, apresenta um incremento de 6,7% na produção em relação a obtida em 2012, devido a recuperação da produtividade dos canaviais.

LARANJA – A colheita ainda está em andamento em alguns estados. A safra nacional de 2013, de 16.409.952 toneladas (402,2 milhões de caixas de 40,8 kg), apresentou queda de 14,2% em relação a 2012. A retração na demanda européia e os bloqueios alfandegários dos EUA foram importantes fatores de desestímulo à produção de 2013, reduzindo o fluxo das exportações.

São Paulo, com participação de 72,4% da safra nacional em 2013, sofreu grande impacto com a redução da demanda internacional e apresentou decréscimos de 12,4% na área total, 15,4% na área destinada à colheita e 18,0% na produção. O estado também enfrenta graves problemas de ordem fitossanitária, além das cotações baixas para as frutas destinadas à indústria.

MANDIOCA (raízes) – Produção de 20.777.560 toneladas. Variação negativa de 11,3% na estimativa de produção de 2013 quando comparada a 2012. A área total decresceu 15,7% e a área de colheita, 12,8%. A estiagem na Região Nordeste, que persistiu por dois anos, impediu a recuperação da oferta de raízes, cujo ciclo costuma ultrapassar a 12 meses. A grande carência de alimentos na região promoveu a utilização das “ramas” para alimentação animal, reduzindo a disponibilidade de material propagativo (estacas para plantio). Dos dois maiores produtores do país, o Pará respondeu por 22,5% da produção total e o Paraná por 18,4%.

MILHO (em grão) – A produção total subiu 12,8% em relação 2012, com aumento de 7,6% na área colhida. A 1ª safra cresceu 3,2%, embora a área plantada tenha sido inferior em 11,7%. A produção da 2ª safra cresceu 21,2%, com o aumento de 22,6% na área colhida. Este foi o segundo ano consecutivo em que a produção da 2ª safra superou a 1ª safra. O Mato Grosso passou a ser, em 2013, o maior produtor nacional de milho, participando com 25,1% do total produzido nas duas safras, superando o Paraná, atualmente em segundo, com 21,7%.

SOJA (em grão) – Com resultados praticamente consolidados, a soja apresentou aumento de produção de 23,8% em relação a 2012, representando novo recorde. A área plantada foi maior 10,8%, a área destinada à colheita superou a do ano anterior em 11,2% e o rendimento médio passou dos 2.635 kg/ha obtidos na safra anterior para os atuais 2.934 kg/ha, acréscimo de 11,3%. Os preços praticados e as condições climáticas favoráveis, notadamente na Região Sul, quando comparadas a 2012, justificaram estes acréscimos. O principal produtor de soja é o Mato Grosso, com 28,8% da produção nacional.

TRIGO (em grão) – A produção nacional para 2013, estimada em 4.971.520 toneladas, apresenta acréscimo de 13,5% em relação à safra colhida em 2012. Também houve aumento de 14,0% na área plantada e 15,6% na área destinada à colheita. Apenas o rendimento médio apresentou decréscimo de 1,9%. As boas perspectivas de preços na época de plantio impulsionaram o plantio do grão. O Rio Grande do Sul, responsável por 54,7% da produção nacional, apresentou estimativa de acréscimo de 45,6% na produção, com incremento de 9,3% na área a ser colhida e uma perspectiva de obtenção de rendimento 33,2% maior que o obtido em 2012. O Paraná passou, em 2013, para o 2º lugar, prejudicado por fortes geadas.

Perspectivas para a safra de 2014

Em novembro de 2013, o IBGE realizou o segundo prognóstico de área e produção para a safra de 2014. Os números das regiões e estados onde a pesquisa foi realizada foram somados às projeções obtidas a partir das informações de anos anteriores, para as Unidades da Federação que ainda não dispõem de dados iniciais.

Dentre os dez produtos de maior importância, para a próxima safra de verão, seis apresentam altas: feijão 1ª safra (31,7%), o algodão (12,4%), a mandioca (9,9%), a soja (9,0%), o arroz (5,8%) e o fumo (2,0%). Em queda temos o amendoim 1ª safra (-8,0%), o milho 1ª safra (-7,1%), a cebola (-6,6%) e a batata-inglesa 1ª safra (-0,5%).

Com relação à área prevista, houve aumentos para o algodão herbáceo (13,0%), o feijão 1ª safra (11,2%), a mandioca (10,3%), a soja (4,4%), o fumo (0,7%), o arroz (0,1%) e o amendoim 1ª safra (0,0%). Com áreas em retração estão a cebola (1,7%), a batata-inglesa 1ª safra (0,6%) e o milho 1ª safra (0,1%).

Neste segundo prognóstico, a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas em 2014, foi estimada em 186.867.766 toneladas, superior em 65.363 toneladas à safra colhida em 2013. Somente o Nordeste apresenta previsão de aumento (21,0%), com quedas nas demais regiões: Norte (-2,7%), Sudeste (-0,3%), Sul (-1,0%) e Centro-Oeste (-2,0%).

ALGODÃO HERBÁCEO (em caroço) – O segundo prognóstico para o algodão herbáceo a ser colhido em 2014 espera uma área plantada de 1.067.253 ha, com aumento de 12,8% e uma produção de 3.836.582 toneladas, com aumento de 12,4% em relação a 2013. No Mato Grosso, responsável por cerca de 60,5% da produção nacional estimada para 2014, a expectativa é de aumento na produção de 24,3%, frente à safra anterior.

ARROZ (em casca) – O segundo prognóstico de produção para o arroz em casca é de uma produção de 12.337.468 toneladas, sendo 1,4% maior que a informação de outubro, com área a ser colhida caindo 1,4% em relação ao 1º Prognóstico de 2014. O Rio Grande do Sul, maior produtor nacional, deve contribuir com cerca de 69,6% da produção desse cereal.

FEIJÃO (em grão) 1ª safra – A segunda estimativa da produção do feijão 1ª safra para 2014 é de 1.466.875 toneladas, sendo 31,7% maior que a safra 2013. O crescimento recuperará, em parte, a perda de produção ocorrida em 2013. A área a ser plantada, de 1.574.024 hectares, é 0,4% maior que a de 2013. Já na área a ser colhida, estima-se um crescimento de 11,2%.

MANDIOCA – A área plantada com a mandioca em 2014 deve cair 0,4%. Contudo, a estimativa da produção é de aumentar 9,9% em relação a 2013, alcançando 22.829.284 toneladas. Este aumento se deve a um acréscimo de 10,3% da área a ser colhida com a cultura, já que o rendimento médio esperado é 0,4% menor que o do ano anterior.

Em 2014, o destaque deverá ser a produção da Bahia, onde se espera um aumento de produção de 987.324 toneladas em relação a 2013 (+86,1%). Pará, principal produtor, com participação de 20,5% no total nacional, informou uma estimativa de produção de 4.681.102 toneladas, enquanto que o Paraná, segundo maior produtor, com participação de 18,2% no total, informou uma estimativa de produção de 4.147.383 toneladas.

SOJA (em grão) – A estimativa de produção da soja na safra 2014 é de 88.635.166 toneladas, indicando um crescimento de 9,0% frente a 2013. A área ocupada pela cultura deve alcançar 28.936.803 ha, aumento de 4,2%. No presente prognóstico, todos estados que informaram sobre a cultura aguardam aumento da produção em 2014 frente a 2013. Contudo, os destaques são para o Piauí e a Bahia, que aguardam crescimento de 92,6% e 28,9%, respectivamente.

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1 Produtos: algodão herbáceo (caroço de algodão), amendoim (em casca), arroz (em casca), feijão (em grão), mamona (em baga), milho (em grão), soja (em grão), aveia (em grão), centeio (em grão), cevada (em grão), girassol (em grão), sorgo (em grão), trigo (em grão) e triticale (em grão). Os levantamentos de Cereais, leguminosas e oleaginosas foram realizados em colaboração com a Companhia Nacional de Abastecimento – Conab, órgão do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA.

Comunicação Social 10 de dezembro de 2013

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Postado em 12 dezembro 2013 07:28 por JEAcontece
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