Ministro da Saúde alerta gaúchos para quantidade de sal nos churrascos

Postado em 07 novembro 2013 07:20 por JEAcontece
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Alexandre Padilha falou sobre acordo para diminuir 68% do sódio em comidas industrializadas

Após a assinatura do quarto acordo para a redução de sódio das comidas industrializadas, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, mandou um recado especial para o povo gaúcho durante coletiva de imprensa. Ele pediu atenção com a quantidade de sal usada nos churrascos.

“Não tem que mudar o hábito do churrasco, porque no Rio Grande do Sul é muito gostoso. Mas precisa se preocupar com a quantidade de sal e com o número de vezes que ele é feito na semana”, observou. “O churrasco já é feito com sal grosso, não precisa colocar mais sal quando vier para o prato”, acrescentou.

Nessa etapa do acerto assinado entre o Ministério da Saúde e a Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação (Abia) está prevista a diminuição de 68% do teor do ingrediente nos laticínios, embutidos e refeições prontas. A meta deverá ser atingida em quatro anos. Na nova lista estão, por exemplo, empanados, hambúrgueres, três tipos de linguiça, presuntos, requeijão e salsichas.

O acordo foi firmado em 2011 e previa a redução gradativa dos teores do mineral até 2020 de produtos industrializados. Em cada fase, uma classe de produtos alimentícios era incorporada. Com esta assinatura, a última prevista, sobe para 16 as categorias atingidas pelo pacto. Entre elas, estão bisnagas, massas, bolos, biscoitos e caldos. O cálculo é que 28 mil toneladas de sódio sejam retiradas do mercado até 2020.

A adesão ao acordo é voluntária. Para verificar se o compromisso é seguido, o governo dispõe de três ferramentas: a análise de rótulos, a informação repassada pela indústria e a avaliação laboratorial. Essa última começa a ser feita nos próximos meses, com a primeira classe de alimentos que foi alvo do acordo, em 2011: massas, pães e bisnagas.

Hipertensão

Segundo a diretora de Análise de Situação em Saúde do ministério, Deborah Malta, cada cidadão usa 12 gramas diárias do ingrediente, mais do que o dobro do que é recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS): 5 gramas. Deborah afirma que, caso o consumo no País fosse ajustado às metas da OMS, haveria uma redução de 15% nas mortes por acidente vascular cerebral (AVC) e uma queda de 10% nos óbitos por enfarte. Seria possível ainda reduzir em 1,5 milhão o número pacientes com indicação para uso de remédios para controle da hipertensão.

A pasta divulgou também os índices de hipertensão no País, identificados pela pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel). O levantamento mostra que quase um quarto da população tem níveis altos de pressão: 24,3%. Um número superior ao que havia sido registrado em 2006, de 22,5%. Entre maiores de 65 anos, os indicadores são ainda mais expressivos: 59,2% da população nesta faixa etária têm a alteração.

(Correio do Povo)

Postado em 07 novembro 2013 07:20 por JEAcontece
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