CARAZINHO – Mesmo com pouca testagem, SAE identificou 38 casos de sífilis no município

Postado em 18 janeiro 2021 05:57 por JEAcontece
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Por cauda da pandemia, menos pessoas procuraram o serviço para realizar teste rápido em 2020. No fim do ano, demanda começou a aumentar novamente. Número que mais preocupa é o relacionado às gestantes

A pandemia de Covid-19 fez com que muitas pessoas desistissem de procurar atendimento médico por cauda das mais variadas doenças. O mesmo ocorreu com aquelas que são transmitidas sexualmente, entre elas a sífilis. O Serviço de Atendimento Especializado – SAE de Carazinho percebeu queda na demanda em 2020, mas mesmo assim conseguiu identificar 38 casos da doença no ano passado, 24 adquiridas por adultos e 14 casos em gestantes.

A enfermeira Cristiane Sbardelotto, que atua no serviço, esclarece que existe tratamento para a doença e ela é curável, mas ela demonstra preocupação com o diagnóstico em grávidas, já que a sífilis pode representar risco para o bebê. A criança pode morrer ainda na barriga da mãe ou nascer com sequelas graves. Segundo ela, no início de 2020 houve um caso em que o bebê faleceu por conta da sífilis.

“Por isso é de fundamental importância que as mães realizem o pré-natal, todos os exames solicitados para que, em caso de diagnóstico, possam realizar o tratamento adequado”, frisa.

Se a demanda pelos testes diminuiu nos primeiros meses da pandemia, na proximidade do fim do ano, a população voltou a procurar o serviço. Cristiane alerta para a importância do diagnóstico precoce para que o tratamento inicie logo. A sífilis possui quatro fases distintas e a última, se não houver tratamento, pode causar complicações severas para pulmão, coração e sistema neurológico, causando inclusive a morte.

A enfermeira esclarece que na primeira fase da doença, aparece uma única ferida que desaparece em poucos dias. No entanto, a bactéria causadora da doença permanece no organismo. Na segunda fase, aparecem manchas na pele, especialmente na palma da mão e na planta dos pés. Muitas pessoas as confundem com dermatite e até procuram dermatologistas.

Na fase latente, o paciente não tem sintomas, embora continue com a bactéria na corrente sanguínea. A última fase se manifesta, 30 ou 40 anos depois do contágio, o que explica o fato de muitas pessoas idosas descobrirem a doença e se surpreenderem com isso.

“Nesta fase se o tratamento não for feito a pessoa pode vir a falecer. A doença acomete coração, pulmão e sistema neurológico”, alerta a enfermeira.

O SAE atende de segunda a sexta-feira e não é necessário agendamento. Basta procurar o serviço entre as 8h às 12h e das 13h às 17h. Nas quartas-feiras o serviço não é interrompido ao meio dia, o que facilita o acesso de quem não pode ir até o local em horário comercial. Basta apenas apresentar um documento com foto.

O teste rápido identifica a presença, ou não, de quatro doenças: sífilis, HIV, hepatite B e hepatite C. Se o teste identificar que a pessoa está com sífilis, o SAE solicita exame laboratorial para confirmação e mensurar a quantidade de bactérias presentes no organismo, o que é imprescindível para determinar o tratamento. Enquanto isso, o paciente é acompanhado até que a cura é confirmada, o que pode legar de seis meses a um ano.

Diário da Manhã

Postado em 18 janeiro 2021 05:57 por JEAcontece
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