Carazinho é umas das cidades do Estado que recebeu sementes de origem desconhecida

Postado em 24 setembro 2020 05:53 por JEAcontece
15.292.411/0001-75

Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) alerta que as sementes que tem vindo junto com compras feitas na internet devem ser entregues nas inspetorias de defesa agropecuária

O município de Carazinho está entre as cidades gaúchas em que Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) já mapeou o recebimento de sementes de origem desconhecida e não solicitadas do exterior. Até agora o relato oficial é de seis ocorrências no Estado, em Carazinho, Campinas do Sul e Rio Grande. Outras duas amostras foram recebidas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O material será enviado para o laboratório oficial do Ministério, em Goiás onde será analisado. Em entrevista o chefe da divisão de Defesa Sanitária Vegetal da Seapdr, Ricardo Felicetti alerta que os pacotes, não devem ser abertos ou descartados no lixo, nem o material ou as sementes devem ser cultivados. “Tivemos um registro no município de Carazinho, e efetuamos a coleta do material. Ocorre que a pessoa adquiriu produtos em plataformas de compras pela internet e veio um produto como brinde, não solicitado se tratando de sementes, ou parte de vegetais para a propagação. Nós orientamos que estes envios não sejam cultivados, podendo se tratar de uma praga que pode ser nociva as culturas e plantações do estado e ao meio ambiente, como também estas estruturais vegetais podem conter fungos, bactérias e outros microrganismos que podem afetar as cultivadas. É algo que desconhecemos, então pedimos para que as pessoas tenham cuidado e não plantem. Essas sementes podem ser entregues diretamente nas inspetorias de defesa agropecuária, e quem não poder levar pode ligar que providenciaremos a coleta” disse o chefe do setor.

Felicetti explica que o Ministério da Agricultura, está investigando a origem destes materiais. “Temos o rastreamento internacional que obedece acordos de protocolo mercantil que tratam da questão do rastreamento, contudo algumas informações indicam que houve adulteração nos selos e as informações estão ainda dispersas, estamos averiguando. A autoridade na questão é o Ministério da Agricultura e nós da Secretaria neste primeiro momento estamos efetuando todas as coletas possíveis para que este material não seja utilizado” disse Felicetti, Questionado se o manuseio das sementes pode gerar risco a saúde humana, o chefe da divisão de Defesa Sanitária Vegetal da Seapdr, frisou para que as pessoas não abram as embalagens já que por ser um conteúdo desconhecido, não se sabe o grau de risco. “Eventualmente sim, em se tratando de estruturas fúngicas ou até bacteriológicas enfim, poderiam num primeiro momento quando a pessoa manipular estas estruturas vegetais e for manipular outras, pode haver algum contagio neste sentido, portanto a orientação é de não violar a embalagem onde foram recebidas as sementes, e envolver em um saco plásticos para entregar na defesa agropecuária” destaca o servidor que também ressalta que os escritórios da Emater dos municípios foram orientados de como proceder e podem auxiliar.

De acordo com o servidor, o Ministério da Agricultura havia feito recentemente um alerta sobre situações similares ocorridas nos Estados Unidos, que estão sob investigação pelo órgão oficial de defesa agropecuária americano (APHIS-USDA). No Brasil os primeiros relatos de recebimento de sementes em pequenos pacotes contendo sementes diversas, não identificadas, como brindes acompanhando compra de outros produtos, ou até mesmo sem ter feito qualquer tipo de encomenda se deu em Santa Catarina. De acordo com Felicetti, quem tenha recebido as sementes pode fazer as entregas para a Secretaria mantendo anonimato.

Diário da Manhã

Postado em 24 setembro 2020 05:53 por JEAcontece
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