PASSO FUNDO – Cuidar das plantas e jardins para alegrar os dias de distanciamento

Postado em 30 maio 2020 06:28 por JEAcontece
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Com mais tempo em casa, o cuidado do jardim e das plantas pode ajudar nesse período

Com mais tempo em casa, em função das medidas de distanciamento social para conter o avanço da Covid-19, surge também a necessidade de encontrar atividades para desopilar. Uma delas pode ser o cuidado com plantas, hortas e jardins. Além de oferecerem beleza, com flores e plantas ornamentais, também podem ser úteis para a produção de ervas aromáticas ou folhosas consumidas em forma de salada, por exemplo. O cuidado com as plantas também pode servir para dar um destino mais adequado às cascas e restos de alguns alimentos que podem ser usados para a produção de um composto orgânico que serve como adubo.

A professora do curso de Agronomia da Universidade de Passo Fundo (UPF), Dra. Cláudia Petry, elaborou um guia prático para quem quer experimentar uma nova atividade, ou mesmo intensificar o cuidado das plantas. Confira:

O primeiro cuidado que se deve ter é o de observar como o sol ilumina a casa e escolher o melhor local para a planta que será cultivada, principalmente em relação à iluminação. “Todas as plantas aromáticas, folhosas (saladas) e flores anuais gostam de receber a luz do sol diretamente, no mínimo 4 horas diárias. Elas até podem receber menos, mas não ficarão tão exuberantes ou gostosas, como no caso das saladas, por exemplo”, inicia.

Em seguida, deve-se escolher um substrato que seja leve e com elevada matéria orgânica, e que será colocado num recipiente que permita a drenagem e o melhor crescimento das plantas escolhidas. O substrato pode ser feito misturando solo (terra) com composto orgânico nas mesmas proporções, Recipientes podem ser vasos, floreiras ou até em material reciclado como latas, garrafas, ou por exemplo, alfaces cultivados em substratos artesanais, colocados dentro de sacolas plásticas. “A escolha depende da nossa disposição de materiais ou de recursos para adquiri-los. Podemos também cultivar plantas dentro de vasos com água (aquacultura) ou fazer mudas de espécies, colocando pedaços dos galhos (estacas) dentro da água até que enraízem e possamos plantá-las em vasos com substrato”, sugere.

O terceiro cuidado fundamental é a irrigação adequada. As plantas mais bonitas são as que se encontram nos locais adequados e recebem a quantidade correta de água para a espécie. Folhosas precisam ser irrigadas mais frequentes e com mais água; já as com folhas duras e pequenas, as suculentas e cactos precisam bem menos água e em menor frequência. “Muitas vezes identificamos pessoas como tendo o ‘dedo verde’, mas na verdade elas tem o ‘olho verde, pois observam muito suas bebês e agem nos momentos certos. Assim, uma irrigação no momento correto pode salvar uma planta”, explica a professora. A irrigação deve ser no substrato e não na planta, a menos que queira umedecê-la quando a umidade relativa é muito baixa, até observar que começa a drenar por baixo.

Produzindo o próprio composto orgânico
O quarto gesto é utilizar os resíduos do lixo orgânico para fazer um composto orgânico. E utilizá-lo como adubo orgânico para as plantas. A mestranda do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais da UPF, Maikielli Zulpo explica o processo de construção de uma composteira no vídeo abaixo: https://youtu.be/05CGu2v9CeA

A professora Cláudia explica que outra sugestão para um adubo simples pode ser feito utilizando o liquidificador e aplicado nos canteiros. Junta-se com água, cascas de ovos, cascas de banana e pó de café usado, “Fica um líquido marrom que pode ser aplicado e depois feita a irrigação por cima para diluir melhor (fica uma adubação laminar). Eu ainda acrescento restos de kefir e kombucha se houver. Pode ser utilizado também todo o resíduo cru orgânico, triturando tudo no liquidificador. No meu jardim pulverizo uma vez por semana (ou mais) os microrganismos eficientes (EM) diluídos 1:1000, as plantas ficam verdes e aspecto bem saudável e bonito”, acrescente.

O quinto gesto, para os vasos que ficam no jardim, expostos ao sol e ao vento, é permitir a convivência saudável dentro dos vasos: ou convivem várias espécies (têm muitas espécies de plantas alimentícias não convencionais, as PANC, que são espontâneas pois as sementes vem pelo vento ou com os passarinhos), ou se mantém o solo coberto com palha, folhas secas, para não ressecar e permitir que a vida se instale e ali permaneça (os microrganismos da superfície do solo não suportam raios ultravioletas, por isso o solo coberto é tão benéfico para eles).

“O mais importante é o carinho e a atenção que você dá para seu jardim caseiro, sua “mini-floresta” ou mini-horta. Com o tempo, as colheitas vão trazer a alegria que só um jardineiro e um agricultor sentem: que a natureza nos devolve tudo o que investimos nela”.

Assessoria de Imprensa Universidade de Passo Fundo

Postado em 30 maio 2020 06:28 por JEAcontece
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