PASSO FUNDO – Diabetes: 50% dos casos do tipo 2 não são diagnosticados

Postado em 19 novembro 2019 06:06 por JEAcontece
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Dia Mundial do Diabetes foi celebrado no dia 14; confira como deve ser o prato ideal do diabético

14 milhões de brasileiros atualmente convivem com o diabetes – sejam eles diagnosticados ou não. A doença é causada pela produção insuficiente ou má absorção de insulina e a necessidade de falar sobre a doença levou à criação de uma data destinada à conscientização e divulgação das formas de preveni-la: o Dia Mundial do Diabetes, lembrado em 14 de novembro. De acordo com informações do Ministério da Saúde, o Brasil é o quarto país com o maior número de diabéticos no mundo e a tendência é de que esse número cresça nos próximos anos. Em entrevista, o médico endocrinologista do Hospital São Vicente de Paulo, Hugo Lisboa, comenta os principais pontos relativos ao diabetes, esclarecendo primeiramente uma questão gramatical: “o diabetes ou a diabetes, as duas formas estão corretas”, diz.

Diabetes Tipo 1 ou Insulinodependente
“O diabetes tipo 1 é uma doença imunológica, em que há uma destruição das células beta, que são as que produzem insulina no corpo”, explica o médico. “A pessoa precisa sempre repor a insulina, porque há uma falta, e os sintomas são muito explícitos: a pessoa começa a urinar muito, tomar muito água e emagrece mesmo comendo tudo que pode”. Do total de pessoas diagnosticadas, 10% são relativas ao Diabetes tipo 1.

Diabetes Tipo 2 ou Mellitus
No Tipo 2, a tendência é desenvolver em pacientes que passam por ganho de peso, mais localizado na região abdominal, e que não praticam atividade física. “Existe a produção de insulina no organismo, mas o paciente vai ficando resistente a ação da insulina e vai precisando cada vez mais, porque vai ficando gordo, o fígado engorda, e o indivíduo não consegue mais produzir insulina o suficiente pra voltar a glicose para dentro do músculo e do tecido gorduroso, então a glicose começa a subir no sangue”, informa Lisboa.

Pacientes com repetição da glicose acima de 126 depois de 8h em jejum são consideradas diabéticas. Pelo menos 50% dessas pessoas não são diagnosticadas, e por não apresentarem sintomas, passam a conviver com o problema. No entanto, o sistema circulatório começa a ficar comprometido: os pés ficam sem sensibilidade e as lesões sem tratamento podem resultar em amputações, além de microvasos sanguíneos lesionados, o que pode resultar em cegueira. 90% dos diagnósticos de Diabetes são relativos ao Tipo 2.

Dificuldades no diagnóstico
De acordo com o endocrinologista, o problema em diagnosticar é o que resulta nas complicações da doença. “Nossa luta é fazer o rastreamento de pessoas com características de risco, para que o diagnóstico precoce seja feito e o tratamento iniciado o quanto antes, porque isso previne problemas que são resultado do diabetes”.

Os diabéticos em tratamento conseguem levar uma vida normal, desde que com certos cuidados. “Não pode comer comida que tenha muito carboidrato, amido, que suba muito a glicose”, explica o médico. “É preciso estar atento às suas questões do corpo e de teste, o paciente diabético precisa manejar a doença. Ele vai orientar também o médico, o paciente e o médico formam uma dupla”.

Tendência de aumento nos casos
Há uma tendência no aumento de casos do Diabetes e isso se dá em decorrência do aumento do peso geral da população. Lisboa aponta que no Brasil, 50% da população tem peso excessivo, sendo que 20% destas são obesas, incluindo sobrepeso em crianças. “A alimentação das crianças e jovens é de baixa qualidade nutricional, se passa muito tempo em frente às telas e sem praticar exercícios”, diz.

Uma boa alimentação e prática de atividades físicas são, além de uma forma de normalizar a vida das pessoas diabéticas, é um modo de evitar o desenvolvimento do Tipo 2 da doença.

Diário da Manhã

Postado em 19 novembro 2019 06:06 por JEAcontece
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