Carazinhense divulga artigo sobre o exercício físico aliado ao tratamento oncológico

Postado em 10 outubro 2019 10:04 por JEAcontece
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Fernanda Huppes, Acadêmica do curso de Bacharelado em Educação Física – VI nível da Faculdade Especializada na Área de Saúde do Rio Grande do Sul, FASURGS, encaminhou para o Portal Gazeta o artigo a seguir.

O EXERCÍCIO FÍSICO ALIADO AO TRATAMENTO ONCOLÓGICO
O câncer não é uma doença nova, mas a sua prevenção e tratamento vem a cada dia mais sendo estudada e aprimorada para que pacientes tenham uma melhora e retornem às atividades normais. No Brasil o câncer é considerado a segunda causa de morte, no entanto, alguns dados apontam para um aumento desses índices, levando alguns especialistas a acreditar que dentro de algum tempo, o câncer passe a ser a principal causa de mortalidade. O tratamento para o câncer, assim como, outros fatores relacionados a própria doença, ocasionam diversos efeitos colaterais, alguns que acabam ocasionando o agravamento, atrapalhando o tratamento ou o processo de recuperação dos pacientes.

No passado, acreditava-se que pacientes em tratamento oncologico, deviam manter-se em repouso e reduzir suas atividades físicas. Porém, o repouso em excesso pode resultar em perda funcional, atrofiamento muscular, além de reduzir a amplitude dos movimentos do paciente. No entanto, recentes pesquisas demonstram que a prática de exercícios físicos não só é segura e possível durante o tratamento do câncer, como também pode melhorar a disposição física do paciente, como também na qualidade de vida do paciente.
-Efeitos causados durante o tratamento oncológico:
– Náuseas;
– Caquexia (perda de massa muscular);
– Diminuição da condição cardiorrespiratória;
– Fadiga/Exaustão;
– Dependência nas suas atividades de vidas diárias;
– Desmotivação;
– Imunidade baixa.

A Atividade Física está relacionada com diferentes aspectos da Qualidade de vida de pacientes oncológicos, programas regulares de Exercício Físico são uma excelente estratégia para melhorar a qualidade de vida dos mesmos, seguindo a especificidade de cada paciente, dependendo de suas condições e capacidades para cada exercício, respeitando as suas limitações (SEIXAS, 2010). A prática do mesmo, de forma regular durante o tratamento ajuda na diminuição dos efeitos colaterais, fortalecendo assim, o sistema imune, diminuindo os índices caquexia (perda de massa muscular), o cansaço extremo, evita perda massa muscular e diminuição nos índices de recidivas do câncer, assim como provoca respostas positivas nos aspectos psicológicos, que também são alterados pela doença e pelo tratamento.

Portanto, o Exercício Físico pode manter e até aumentar os níveis de energia, contribuindo numa rotina diária com momentos de lazer e bem-estar do paciente (SEIXAS, 2010). Da mesma forma, ao iniciar, e durante todo o processo do tratamento o exercício contribui para um bom funcionamento celular, ativando o sistema imunológico de modo que o organismo se torne menos vulnerável a outras doenças, o que certamente traria complicações a seu quadro clinico (MOTA; PIMENTA, 2002; BACURAU; COSTA ROSA, 1997).

Alguns dos benefícios da prática regular de exercícios durante o tratamento:
• Melhora sua capacidade física;
• Melhora o equilíbrio;
• Evita o atrofiamento dos músculos;
• Melhora o fluxo sanguíneo;
• Torna o paciente independente para suas atividades cotidianas;
• Melhora a autoestima;
• Diminui o risco desenvolver depressão;
• Diminui as náuseas;
• Melhora o humor e o relacionamento social;
• Ajudar a controlar o peso;
• Melhorar a qualidade de vida.

-Programa de Exercícios
O programa deve levar em conta os programas anteriores de exercícios que o paciente já costumava seguir antes da doença e também seus novos limites. Portanto, o programa de exercícios deve ser adaptado aos seus interesses e suas necessidades.

Só inicie a prática de exercícios físicos após liberação de seu médico oncologista, e certifique-se que o profissional que irá elaborar sua rotina de exercícios conhece seu diagnóstico e suas limitações.

Fernanda Huppes
Acadêmica do curso de Bacharelado em Educação Física – VI nível.

Faculdade Especializada na Área de Saúde do Rio Grande do Sul, FASURGS, PF – Brasil.

Desde 2018 faz parte do Projeto de Pesquisa Intitulado de: Os Benefícios da Atividade Física para pessoas em tratamento de radioterapia e/ou quimioterapia”.

Gazeta AM

Postado em 10 outubro 2019 10:04 por JEAcontece
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