Governo organiza agenda para ampliar debate com movimentos sociais

Postado em 03 julho 2013 07:32 por JEAcontece
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O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse no dia 29 de junho de 2013 que o governo pretende conversar com mais representantes de movimentos sociais no início de julho. A finalidade é continuar a debater as reivindicações defendidas nos protestos que ocorrem em todo o país. Ele esteve no dia 29 com a presidente Dilma no Palácio da Alvorada.

“Achamos que o governo colocou uma agenda para o país e essa agenda vai ser desdobrada para a próxima semana, tanto a parte econômica, a questão da agenda de transporte urbano público, que é importante, e a agenda política do plebiscito. Na verdade, está sendo organizada uma agenda para a presidente conversar com mais entidades e atores políticos esta semana”, disse.

Sobre o plebiscito que definirá uma reforma política para o país, ele disse que diante da “magnitude” das manifestações a reforma política é um dos pontos a serem dados como resposta à sociedade. “É urgente fazer uma reforma política. O congresso não tem conseguido avançar, até por um motivo muito simples, porque divide a classe política, portanto chamar o povo para opinar num ponto como esse é importante e urgente.”

O governo conseguiu consenso em torno da proposta do plebiscito no dia 27 de junho, após dia intenso de reuniões entre a presidente Dilma, presidentes de partidos e líderes da base aliada na Câmara e no Senado. No entanto, a data da consulta popular, questões e validade das mudanças ainda serão debatidas.

“O plebiscito é uma responta para um quadro de incerteza política, de um quadro onde você não consegue fazer avançar uma reforma política. Então estamos dando uma saída, que achamos que viabiliza uma reforma política, que é um dos pontos que deve ser dado como resposta a esta conjuntura”, enfatizou Paulo Bernardo.

Movimentos de jovens apoiam plebiscito com prioridade para financiamento público de campanha

Representantes de mais de 20 movimentos sociais organizados de jovens apoiaram no dia 28 de junho, em reunião com a presidente Dilma Rousseff, a proposta de realização de um plebiscito para balizar a reforma política no país. O principal ponto defendido pelas entidades é o financiamento público exclusivo de campanhas.

“Para nós, é essencial a participação popular na elaboração da reforma e, por isso, estamos elegendo a campanha pelo plebiscito e pela reforma política com participação popular contra o financiamento privado de campanha como a grande prioridade dos movimentos sociais organizados”, disse o secretário Nacional de Juventude da Central Única dos Trabalhadores (CUT).

O presidente do Conselho Nacional de Juventude, Alessandro Melchior, que também representa a Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), ressaltou a importância das manifestações para a democracia e criticou excessos das políticas militares, informando que apresentará relatório à Comissão de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA).

Segundo Melchior, o conselho considera as manifestações essenciais e naturais da democracia. “O que não é essencial e natural são as repressões policiais e, por isso, informamos hoje à presidente da República que estamos elaborando um relatório de todas as violações e repressões ocorridas em todos os estados, responsabilizando as polícias militares e os governos dos estados”, disse ele. O relatório será entregue à presidente e à Comissão de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos.

De acordo com a secretária Nacional de Juventude da Secretaria-Geral da Presidência, Severine Macedo, os representantes dos movimentos de juventude levaram à presidente Dilma a demanda pelo aprofundamento da participação política dos jovens. Ela disse que o país tem 51 milhões de jovens entre 15 e 29 anos, que, no atual sistema político, tem dificuldade para disputar eleições, eleger-se e ocupar espaços representativos. “Nós, do governo, precisamos ampliar e qualificar os espaços de participação e de ouvir a opinião da juventude.”

Para tanto, adiantou Severine, o governo criará, daqui a duas semanas, um observatório participativo, que será um canal de diálogo permanente com os jovens, por meio das redes sociais, “para consultas públicas, mas também para aprofundar o conteúdo a cerca das políticas públicas de juventude”, nas áreas de saúde, educação, mobilidade urbana e segurança.

(Agência Brasil)

Postado em 03 julho 2013 07:32 por JEAcontece
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