O Ministério da Agricultura concluiu ontem (06) uma série de inspeções no sistema sanitário do Rio Grande do Sul visando a suspensão da vacina contra a febre aftosa.

O Estado busca passar de território livre de aftosa com vacinação para território livre de aftosa sem vacinação. Para isso, os técnicos vão seguir um questionário padrão e revelar a nota atribuída ao serviço veterinário gaúcho. Caso for superior a quatro, habilita o governo a solicitar a progressão de status sanitário.

Vários países bloqueiam a importação de proteína animal mesmo de territórios onde não há vírus, mas sim vacinação. Por isso, o governo busca a retirada da vacina para atingir um mercado ainda maior de venda para a carne gaúcha.

Outra vantagem seria o preço pago ao produtor, que tende a aumentar entre 25% e 30% a partir da evolução de status sanitário. O que preocupa os produtores, porém, é o risco de contaminação do rebanho, pois se existe a obrigatoriedade de vacinação é porque ainda há preocupação com a doença. Além disso, o surto de aftosa, ocorrido em 2001, quando o Estado tentou livrar-se da vacinação, ainda está na memória dos pecuaristas.

Falando sobre o tema na Uirapuru, a chefe da Inspetoria de Defesa Agropecuária de Passo Fundo, Ana Paula Burin, explicou que são anos de trabalho por parte da Secretaria de Agricultura buscando tornar o Rio Grande do Sul livre da doença. Foram feitas diversas adequações e atualmente existem apenas metas de vigilância ativa, visando encontrar possíveis focos de Febre Aftosa.

Ana Paula afirmou que embora não se tenha mais registro da doença, as inspetorias estão empenhadas para certificar-se disso. Destacou que se existir qualquer dúvida quanto à existência da doença, jamais será retirada a obrigatoriedade de vacinação.

Créditos: Divulgação
Rádio Uirapuru