Sete meninas que participam de projetos sociais desenvolvidos pela Ong Amor debutaram no último sábado (13), em uma festa realizada de forma voluntária pela entidade com a ajuda de empresários parceiros

A tão sonhada festa de 15 anos se tornou realidade na noite de sábado (13) para sete meninas de Passo Fundo que são atendidas por projetos sociais da Ong Amor. A tradicional comemoração, no entanto, teve um gostinho especial, já que foi realizada por voluntários que se uniram ao longo dos últimos seis meses para proporcionar momentos de felicidade para as debutantes e protagonistas da noite Emanuele Oliveira, Emanuele dos Santos, Júlia, Larissa, Stéfani Aparecida e Stéfani da Silva, que rodeadas por amigos e familiares vivenciaram a alegria de comemorar seus 15 anos.

As sete debutantes participam de oficinas oferecidas pela Ong Amor, organização que desde o ano passado, com a ajuda de empresários parceiros, realiza a festa de 15 anos de forma voluntária. Conforme o diretor da entidade, Milton Menezes, cerca de 200 pessoas entre convidados, familiares, amigos e empresários parceiros se envolveram no processo, que culminou na noite de sábado, na Casa do Bosque, local onde a festa aconteceu.

Para Milton, a realização da festa vai muito além de uma comemoração, mas é uma atividade que busca motivar aqueles que, assim como as debutantes, encontram-se em situação de vulnerabilidade social.

“Não adianta a gente doar, a gente tem que criar motivação, estimular as pessoas para que elas lutem, vão atrás dos seus sonhos, para que elas sejam protagonistas das suas vidas”, diz. “São seres humanos às vezes com condições desfavoráveis, mas que lutam, que querem uma vida melhor e, com esse projeto, estamos provocando alguma coisa que faça essa mudança de rumo”.

Se para Milton a emoção de proporcionar esses momentos é significativa, para quem foi acolhida e aguardou com grande expectativa pela festa os sentimentos são dobrados. Para a debutante Larissa Camile Nunes, a palavra da noite foi “emoção”. Não só dela, mas dos pais e amigos que compartilharam os momentos. A empolgação, segundo ela, se estendeu por todos os meses de organização e ficaram marcados por lembranças inesquecíveis. “Ver minha família e as pessoas que eu gosto comemorando comigo foi o momento mais emocionante”, diz ela, que se sentiu uma “famosa” com tantas fotografias feitas durante a noite e que agora contarão a história ao longo dos anos.

Parceria foi imprescindível
Para tornar a atividade possível, na linha de frente estava um grupo de 34 empresários, que se se dedicaram durante mais de seis meses entre o planejamento e execução da festa. Neste ano, a empresária Solange Camargo, responsável pela empresa Lekan Eventos liderou a organização e mobilizou outros parceiros.

“Eu, como empresária, resolvi abraçar todo o evento e juntar parceiros do meu meio para fazer acontecer essa festa, e foi fácil. Todas as pessoas, todos os parceiros foram muito solícitos, muito rápidos em dizer o seu sim e poder estar participando desse momento”, conta.

No ano passado, Solange já havia participado da atividade, mas em um “âmbito muito menor”, contribuindo com o serviço de cerimonial. A experiência foi tão gratificante, que ela resolveu ampliar sua participação e, desde janeiro, tem trabalhado para garantir que a festa acontecesse. “Ano passado a atividade foi idealizada, pensada e, neste ano, a partir de janeiro, já começamos o trabalho”. Segundo ela, na edição deste ano, muitas atrações foram incluídas, tornando a festa um momento inesquecível. Um dos pontos altos ficou por conta da tradicional valsa, que contou com a participação de alunos do colégio Tiradentes. A atração que animou o baile das sete debutantes também foi especial: um saxofonista de Porto Alegre abriu a pista de dança.

“É a realização de um sonho. Qual menina que não deseja ter uma festa de 15 anos?”, diz Solange. “Hoje, o que a gente está fazendo é isso, proporcionar para sete meninas o desejo, o sonho de ter uma festa de 15 anos. Mas não ficar só por aí. O que a gente vai fazer daqui para frente é trabalhar com oficinas, trabalhar com outros cursos, para que elas possam estar se desenvolvendo. Para que daqui para frente elas possam ter outras oportunidades, ser auxiliadas para que possam ter conhecimento, se aprimorar para serem incluídas no meio do trabalho. É o início de tudo”, menciona.

Para o idealizador da festa e diretor da Ong Amor, a seriedade do trabalho desenvolvido pela organização possibilitou a reunião de tantos parceiros, que se engajaram no movimento.

“Todo mundo realmente veste a camisa e dá o máximo que pode para que as coisas aconteçam e para que a gente consiga ajudar essas crianças, ajudar essas famílias”, diz. “O papel da Ong é esse, tentar ajudar para que tenhamos no futuro um mundo melhor, onde tenha mais igualdade, mais respeito, mais paz, mais amor”, fala.

Diário da Manhã