“A Emater é o principal braço do governo do Estado na extensão rural”

Postado em 19 junho 2019 06:05 por JEAcontece
15.292.411/0001-75

Em visita ao escritório regional de Passo Fundo, Geraldo Sandri, presidente da Emater conversou com o Diário e expôs temas relativos aos desafios da gestão, compliance e cooperativismo no dia a dia

A frente de uma das principais empresas públicas do Rio Grande do Sul há 50 dias, Geraldo Sandri, presidente da Emater/RS-Ascar, esteve em Passo Fundo nessa semana para um encontro com funcionários da entidade. O encontro já é tradicional entre os gestores da estatal, conhecido como “dia de campo saúde do trabalhador”, que ocorre anualmente.

Em dois dias, Geraldo ouviu demandas dos funcionários e pôde explicar a sua sistemática de trabalho, que será focada em melhorar os processos de gestão, por meio de técnicas como compliance. Além disso, a posição da Emater é de reafirmar seu compromisso em orientar as famílias do campo.

Sandri assumiu a Emater em 17 de abril, após uma sessão ordinária conjunta e sessão extraordinária conjunta. Ele é formado em administração e atuou por 30 anos no Banco do Brasil, na parte de agronegócios do banco, com ênfase nos financiamentos rurais, seguro agrícola e desenvolvimento rural sustentável. Antes de assumir o cargo, atuava como professor nos cursos de administração e ciências contábeis na Faculdade de São Marcos. Durante a cerimônia em que recebeu o cargo do ex-presidente Iberê Mesquita Orsi, Geraldo elencou quatro itens prioritários para serem trabalhados na Emater: eficiência, eficácia, economicidade e valorização.

“UM CONTATO MUITO TRANSPARENTE E PRODUTIVO”
Passo Fundo foi um dos primeiros escritórios a serem visitados. Desde que assumiu, esse é o contato mais direto com os funcionários do interior. “No encontro, os colegas, se reúnem para fazer o exame periódico de saúde e também ouvir palestras, trocar ideias sobre qualidade de vida. Enquanto diretoria, decidimos aproveitar esses momentos em que os colegas estão reunidos e estar presente para ouvir, falar, nos tornar mais conhecido e conhecer as ideias e vocações. É um contato muito transparente e produtivo e fundamental”, define.

A Emater tem 2139 funcionários em 495 escritórios espalhados pelo Estado. O município mais recente a entrar na lista de contemplados com um escritório da empresa foi Rolador, na região noroeste. O escritório será reaberto em julho, para poder, segundo o diretor administrativo Vanderlan Vasconselos, “buscar a integração total do Estado para o desenvolvimento da assistência técnica e extensão rural e social no Rio Grande do Sul”.

Para Sandri, o trabalho da Emater é voltado às famílias no campo para proporcionar, por meio de tecnologia e inovação, melhores técnicas de plantio, de aplicação de defensivos e gestão da propriedade. “A emater é uma empresa que trabalha o desenvolvimento rural de forma sustentável do Rio Grande do Sul e é o principal braço do governo do Estado para implementar políticas agrícolas”. Ainda sobre o encontro de terça (11) e quarta (12), o presidente disse ter visto “profissionais com brilho no olho e preparados”.

RIQUEZA NA DIVERSIDADE
Junto aos quatro pilares que Sandri firmou ao assumir a gestão, o presidente inclui a unicidade, ou seja, o foco único. “Cada profissional tem que ter um foco de trabalho, saber o que a diretoria pensa, o que o governo do estado, através da secretaria de agricultura pensa e o que aquele escritório lá na ponta precisa fazer. Para isso, é necessário comunicação da diretoria, das estratégias da organização até chegar à ponta na parte organizacional. É nesse sentido a unicidade, focar no mesmo sentido, naquelas soluções que nos são esperada”, explica.

No entanto, a ‘unicidade’ não é o mesmo que deixar de lado a diversidade de opiniões e ideias. Para ele, é através disso que se tem a riqueza. ”Se nós temos diversidade de opiniões e ideias, as decisões são mais maduras e melhores, se qualifica as decisões. Existe respeito a diversidade de ideias. Nisso vem a questão da eficiência e eficácia, palavras e atitudes importantes para fazer um serviço bem feito e necessário”.

COMPLIANCE
“Nós precisamos ter um foco de trabalho divido em ações em todo o estado e é preciso checar se esses processos estão acontecendo da maneira que é esperado e para checar, além das decisões e orientações da gestão, eu preciso que um setor de controle faça essa verificação nos locais, checando se isso realmente está acontecendo ou se é só discurso do presidente, dos gestores”, assim argumenta Sandri sobre a aplicação de compliance.

O termo em inglês é difundido no meio corporativo como um conjunto de medidas para fazer cumprir as normas legais e regulamentares, as diretrizes de uma empresa. “Eu preciso que isso chegue à ponta, e checar se isso [aplicação do compliance] efetivamente está dando resultado”. Como justificativa para reforçar o controle interno, Sandri diz que “quem está fazendo sabe que será verificado e sendo verificado, é preciso que o profissional faça bem feito e que isso qualifica o resultado lá para a família do meio rural”.

COOPERATIVISMO
Sobre a prática do cooperativismo, o presidente destaca que é “fundamental aliar ao trabalho da Emater”. Ele indica que há a ideia de incentivar os produtores, em especial os mais jovens, a se tornarem cooperativados. “Através de treinamentos, capacitações nós chegaremos a um ponto em que os produtores vejam o lado positivo de estar no cooperativismo. Esse é um assunto que tem se falado muito, inclusive no Brasil todo. Devemos investir para melhorar”, finaliza.

Diário da Manhã

Postado em 19 junho 2019 06:05 por JEAcontece
15.292.411/0001-75
TAPERA TEMPO

Desenvolvido com 💜 por Life is a Loop