NÃO-ME-TOQUE – Produtores e cooperativas apontam indefinições no Plano Safra em encontro do Senado na Expodireto

Postado em 19 março 2019 15:00 por JEAcontece
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Plano safra, crédito rural, seguro agrícola e Pronaf. Estes temas dominaram o Ciclo de Debates e Palestras da Comissão de Agricultura do Senado Federal, coordenado pelo senador Luis Carlos Heinze na tarde desta sexta-feira, 15 de março, no auditório central da 20ª Expodireto Cotrijal. Entidades de produtores, cooperativas, cerealistas e revendedores não esconderam do senador as preocupações com as indefinições em nível federal.

Heinze reconheceu a importância dos pleitos e disse que o encontro servirá para dar força política à ministra da Agricultura, Tereza Cristina, especialmente na tocante à liberação dos recursos, do seguro agrícola e dos juros, considerados exorbitantes.

O vice-presidente da Farsul, Elmar Konrad, destacou que a entidade está realizando debates com produtores sob a coordenação do economista-chefe Antônio da Luz. O dirigente apontou o crédito rural como a principal demanda da região Sul. “A revisão do modelo utilizado precisa ser imediata. No atual cenário, existe um grande número de produtores fora do sistema bancário e sendo financiados por indústrias e cooperativas. Uma das razões é a burocracia que torna lenta a liberação de crédito, fazendo com que a disponibilização de recursos ocorra somente após o período de plantio”, destacou. De acordo com Konrad, o setor primário está na iminência de um novo endividamento.

Para o vice-presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul (Fetag), Nestor Bonfanti, o agricultor familiar precisa ser orientado na aplicação do crédito e continuar utilizando o Programa Nacional da Agricultura Familiar (Pronaf), visto por ele com uma das principais políticas públicas conquistadas pelo movimento sindical. Bonfati disse que os planos safras costumam atender de um lado e retiram de outro. “Temos que trabalhar também para reduzir os juros. Ele estão mais altos que a Taxa Selic. Assim é impossível produzir”, frisou.

Bonfanti lembrou que os produtores estão saindo do setor financeiro e buscando financiamento nas cooperativas. No caso, não existe seguro e as cooperativas não podem desempenhar o papel dos bancos. Este é o mesmo pensamento do presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul (FecoAgro), Paulo Pires, que informou que as cooperativas atualmente são responsáveis por 17% do crédito agrícola oferecido ao produtor.

Heinze solicitou que cada entidade apresente um conjunto de sugestões e reivindicações e os encaminhe a ele. O que não pode continuar é o atual status, em que, segundo o senador, apenas 1,5 milhão de produtores são assistidos pelo crédito rural. “O restante está buscando nas cooperativas, nos cerealistas e nos revendedores. O dinheiro está chegando caro ao produtor”, destacou.

Assessoria de Imprensa da Expodireto Cotrijal

Postado em 19 março 2019 15:00 por JEAcontece
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