Lideranças do agronegócio desejam mudar regras do Mercosul

Postado em 18 março 2019 17:00 por JEAcontece
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A Expodireto sediou nesta quinta-feira (14) o Fórum Soja Brasil, evento promovido pelo Canal Rural, e que discutiu o futuro da soja e as políticas do Mercosul. Durante o encontro foram expostos os entraves que prejudicam os produtores rurais e o que precisa ser feito para mudar a situação.

O fórum começou com a exposição do economista-chefe da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), Antônio da Luz, que destacou o fato de o Brasil ser a segunda economia mais fechada do mundo. Ele também fez duras críticas ao Mercosul, já que os produtores brasileiros são proibidos de adquirir insumos nos países do bloco. “O Mercosul não existe de fato como zona de livre comércio”, assegura Luz.

O economista citou que, no Brasil, os insumos são mais caros em razão da carga tributária. Porém, este não é o problema preponderante. Luz explicou que, na realidade, não há legislação que impeça os produtores de adquirir insumos no Mercosul. “O problema está em oito procedimentos do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) que tornam impossível, na prática, fazer a importação”, argumenta o representante de Farsul.

O deputado estadual Ernani Polo palestrou na sequência e ressaltou que o Mercosul afeta o agro de forma acentuada, já que não funciona como livre comércio para insumos. O parlamentar também abordou um velho problema nacional: a burocracia. “Seja com Anvisa, Mapa ou Ministério do Meio Ambiente, a burocracia para registro ou liberação de registros de produtos químicos é muito mais demorada do que nos outros países”, criticou Polo.

O produtor rural e diretor da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja) no Rio Grande do Sul, Décio Teixeira, comentou que é uma vergonha irritante para o produtor brasileiro o fato de que o maquinário produzido no país é comercializado pela metade do valor nos outros países do Mercosul. “Nossos custos aumentam ano a ano e as peças muito mais. Cada vez sobra menos (recursos)”, alega Teixeira.

O fórum foi finalizado com a explanação do deputado federal Alceu Moreira, presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária. Segundo ele, após a eleição de outubro, criou-se um ambiente propício para discutir a questão. “Temos que oportunizar um fórum em Brasília capaz de reunir todos os setores produtivos e construir uma proposta de Mercosul para ser apresentada a todos os países. Não é com ódio e com raiva (que faremos a construção). Temos que fazer um projeto que seja bom para o Uruguai, a Argentina, o Paraguai e para nós. Hoje, não é bom para ninguém”, comparou Moreira.

Manejo do solo

Antes do Fórum Soja Brasil, o pesquisador da Embrapa Soja, Osmar Conte, apresentou o painel técnico ‘Como o manejo de solo define a disponibilidade de água para as culturas’. O especialista sustenta que é preciso investir na cobertura de solo para alcançar uma maior infiltração de água e conservação da umidade. “Infelizmente, depois de 40 anos de adoção do Plantio Direto, temos visto erosão e escoamento em lavouras, o que está denunciando um manejo que deixa a desejar”, apontou Conte.

O manejo adequado de solo, segundo Conte, pode aumentar o volume de água armazenada na zona radicular, aumentar a disponibilidade de água e aumentar o volume radicular e a eficiência de absorção das raízes. “No fim das contas, um bom manejo do solo é o melhor seguro do produtor”, afirmou.

Fonte: Assessoria de Imprensa da Expodireto Cotrijal

Postado em 18 março 2019 17:00 por JEAcontece
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