TAPERA – Grandespe Sementes presente no Encontro Nacional sobre Resistência de Plantas Daninhas a Herbicidas

Postado em 14 maio 2013 08:37 por JEAcontece
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No dia 09 de maio realizou-se no Centro de Eventos da Universidade de Passo Fundo o Encontro Nacional sobre Resistência de Plantas Daninhas a Herbicidas, promovido pela Revista Plantio Direto em parceria com a Embrapa Trigo. Na ocasião, estiveram presentes a Enga. Agra. Ana Carolina Kapp e o Eng. Agr. Gustavo Stärlick, representando a Grandespe Sementes e buscando aprimorar o conhecimento com informações atualizadas para serem aplicadas no dia a dia no campo e na assistência técnica.

Todas as palestras tiveram como tema central a resistência de plantas daninhas a herbicidas, enfatizando as principais plantas daninhas resistentes, dinâmica da resistência e seus efeitos nas principais culturas comerciais, como soja, milho e trigo. Também foram apresentadas técnicas de manejo racional de plantas daninhas visando à prevenção do surgimento e da expansão da resistência a herbicidas. Neste sentido, merecem destaque a rotação de culturas e a utilização de culturas de cobertura como estratégias complementares ao método químico, já que nenhuma técnica isolada, mesmo o controle químico, possui eficiência de controle em longo prazo.

Durante as palestras, foi enfatizada a importância da rotação de culturas como prática de controle de plantas daninhas, sendo essencial a inclusão do milho no sistema de produção de grãos. O milho apresenta várias vantagens do ponto de vista do manejo de invasoras e da resistência, pois permite a utilização de herbicidas com diferentes mecanismos de ação, como atrazina e tembotriona (Soberan) e permite a dessecação antecipada das plantas de cobertura e eventuais plantas daninhas em pré-semeadura, práticas que favorecem o controle de azevém e buva em fase inicial de desenvolvimento. Deste modo, a diminuição do banco de sementes é possível com a participação do milho no sistema, favorecendo a implantação do trigo no limpo na sequência. Ou seja, o exemplo anterior ilustra a importância de se planejar com antecedência o sistema de produção e as culturas que serão cultivadas na área, já que o manejo de plantas daninhas em uma cultura, na maioria das vezes, inicia-se na cultura anterior e nas culturas de cobertura.

A utilização de culturas de cobertura mereceu destaque durante o evento como prática sustentável e eficiente no manejo de plantas daninhas. Nas condições do Rio Grande do Sul, a aveia-preta durante o inverno nas áreas onde não será semeado trigo, combinada com o manejo químico de inverno, constitui-se em uma ótima opção para manter a população de plantas daninhas, especialmente a buva, em níveis baixos, facilitando o controle pela posterior dessecação antes da semeadura da soja.

Por sua vez, a utilização do nabo forrageiro como cultura de cobertura no intervalo entre a colheita do milho ou da soja e a semeadura do trigo, conciliando com o emprego de herbicidas graminicidas, é uma prática extremamente importante e viável para o controle do azevém resistente ao glifosato. Além do efeito sobre a emergência das plantas daninhas pela elevada produção de biomassa, alelopatia e manutenção do solo coberto, o desenvolvimento de raiz pivotante e agressiva e a ciclagem de nutrientes, principalmente nitrogênio, potássio e cálcio, beneficiam a estruturação do solo e disponibilizam maior quantidade de nutrientes para o arranque inicial da cultura do trigo. Neste sentido, pode-se afirmar que a estratégia de colher e plantar em seguida, mantendo o solo coberto durante todo o ano agrícola, é primordial para a redução da população de plantas daninhas e do banco de sementes, favorecendo o manejo da resistência de plantas daninhas a herbicidas.

Portanto, pode-se afirmar que, para obtenção da máxima eficiência de controle, o manejo de plantas daninhas deve ser realizado considerando-se o sistema como um todo, identificando oportunidades para o controle de plantas daninhas, conciliando controle químico e cultural, rotação de culturas e de herbicidas, respeitando a época ideal de controle (aplicando herbicidas em plantas pequenas), utilizando doses recomendadas e utilizando culturas de cobertura.

No presente momento, é essencial que o produtor planeje, com o auxílio da assistência técnica, a melhor forma para o controle de azevém e demais invasoras em áreas onde será semeado o trigo. Neste caso, merece atenção a identificação nas lavouras da resistência do azevém ao glifosato, aos graminicidas (Verdict) e aos inibidores da ALS (Hussar), possibilitando um melhor conhecimento da lavoura e o planejamento correto das dessecações. Além disso, é válido lembrar que todo e qualquer controle químico deve ser realizado com plantas pequenas, e, no caso do azevém, antes do afilhamento. Sendo assim, observa-se que grande parte das lavouras está em condições para ser dessecada com antecedência, visando controlar o azevém pequeno e permitir sejam feitas aplicações sequenciais se necessário. Contate o departamento técnico da Grandespe Sementes e obtenha orientações seguras e eficientes para o manejo de plantas daninhas no trigo.

Gustavo Augusto Stärlick
Engenheiro agrônomo

Postado em 14 maio 2013 08:37 por JEAcontece
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