Deputado José Otávio Germano diz que foi vítima de investigação ilegal

Postado em 03 maio 2013 14:00 por JEAcontece
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O deputado federal José Otávio Germano disse que foi vítima de injustiça na Operação Rodin. De acordo com a Procuradoria-Geral da República, o parlamentar seria o líder do suposto esquema que teria desviado R$ 44 milhões do Detran do Rio Grande do Sul. O Supremo Tribunal Federal, no entanto, rejeitou a denúncia contra o deputado nessa quinta-feira. Por seis votos a um, os ministros entenderam que as provas levantadas contra Germano eram ilícitas. O deputado foi secretário de Segurança do Estado, pasta à qual o Detran era subordinado, entre 2003 e 2006, época em que a fraude já estaria ocorrendo. Após a decisão do STF, José Otávio está livre da denúncia por formação de quadrilha, peculato e dispensa de licitação sem amparo legal.

Em entrevista ao Gaúcha Atualidade, José Otávio Germano disse que a investigação foi ilegal: “eu fui vítima de uma injustiça enorme, talvez a maior desse Estado. Algumas pessoas que tinham responsabilidade nesse caso agiram de maneira irresponsável. Por exemplo, o superintendente (da Polícia Federal) que era aqui do Rio Grande do Sul foi premiado em ser o adido brasileiro na embaixada da Argentina. Se não fosse secretário de Segurança do governo que ganhou a eleição aqui no Rio Grande do Sul a opção era ser adido. Quer dizer, foi premiado. Então tem situações que ficaram realmente muito duvidosas, que fizeram com que eu sofresse profundamente por quase seis anos”.

O parlamentar alega que as investigações foram marcadas por equívocos e irresponsabilidades. Segundo Germano, a Polícia Federal incluiu seu nome por engano nas investigações da Operação Solidária. “Foi um engano surreal”, disse o deputado, que destacou que a ação foi arquivada na época pelo ministro Marco Aurélio Mello.

José Otávio Germano denunciou ainda, na entrevista, que foi vítima de má fé: “Lamentavelmente as escutas foram editadas, não foram mandadas as escutas todas, foi mandado apenas aquilo que interessava a investigação ilegal, suja, obscura, tanto que foi pedido pelo próprio Supremo depois que se enviasse todo o conjunto das gravações telefônicas”.

Para investigar o deputado, a Polícia Federal deveria ter pedido autorização ao STF. Como isso não aconteceu, os indícios levantados contra ele foram considerados ilegais.

(Clicrbs)

Postado em 03 maio 2013 14:00 por JEAcontece
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