PASSO FUNDO – Cemitério da Vera Cruz corre risco de ser interditado se não realizar licenciamento ambiental

Postado em 18 setembro 2018 10:07 por JEAcontece
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O maior cemitério de Passo Fundo, o da Vera Cruz, corre o risco de ser interditado se não obter o licenciamento ambiental. Hoje nenhum cemitério da cidade possui esta licença, sendo uma novidade exigida a partir dos últimos anos. A preocupação é com a contaminação do solo e da água, pois o cemitério está em uma área central da cidade.

Em entrevista na Uirapuru, o Secretário Municipal de Transportes e Serviços Gerais, Cristian Thans, explicou que desde 2016 existem tratativas sobre a regularização com o Ministério Público. Conforme ele, a forma como jazigos e túmulos era feita no passado motivou esta preocupação, pois nunca se pensou no impacto que isso causaria no solo.

O município não possui um profissional capacitado para analisar a situação do solo e traçar as medidas necessárias, por isso a prefeitura está contratando um profissional externo para em 60 dias realizar este trabalho. Thans explicou ainda que, se constatado a contaminação do solo, o município precisará corrigir estes problemas e isso inclui a possibilidade de não realizar mais nenhum sepultamento no local até o término deste trabalho.

Isso inclui, a partir de agora, criar um novo modelo de estruturas para jazigos e túmulos, que não possibilitem contaminação do solo. Depois do Cemitério da Vera Cruz os outros cemitérios da cidade também passarão pela adaptação para o licenciamento ambiental. A prioridade na Vera Cruz é pelo local ser considerado mais centra, próximo de casas e comércios.

Falando sobre o assunto na Uirapuru, o geólogo Luiz Paulo Fragomeni afirmou que é uma pauta delicada, mas a lei deve ser cumprida sem questionamentos. Há um grupo de especialistas que afirmam não haver problemas de contaminação na forma significativa, enquanto outros defendem a necessidade da mudança.

O geólogo explicou que o maior risco seria a contaminação com metais pesados através do necrochorume, um dejeto criado pela decomposição dos corpos passando por peças metálicas de caixões, por exemplo. Na avaliação do caso da Vera Cruz, Fragomeni afirma que são situações esparsas e bem distribuídas pelo terreno, o que não traria maiores problemas.

No entendimento do geólogo, somente novos sepultamentos deveriam passar pela regra ambiental, preparando o isolamento dos túmulos e também um sistema com canos para eliminar gases. Esta prática é possível e não deve, para Fragomeni, ser um fator que vá motivar a interdição do cemitério.

Rádio Uirapuru

Postado em 18 setembro 2018 10:07 por JEAcontece
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