Região tem primeira morte por H1N1 e casos aumentam

Postado em 12 julho 2018 09:15 por JEAcontece
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Idoso de 69 anos morreu em Passo Fundo em decorrência do vírus no fim de semana, além de outro caso confirmado de gripe A. Já Carazinho registrou dois casos confirmados de internação por influenza

A vigilância epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde confirmou, na manhã de quarta-feira (11), a primeira morte provocada por gripe em Passo Fundo. A vítima, um idoso de 69 anos, morreu no último fim de semana em decorrência do vírus Influenza A, do subtipo H1N1. Conforme a vigilância, o paciente fazia parte do grupo de risco das comorbidades e não tinha histórico de vacinação.

O caso entrará no boletim epidemiológico semanal, que será divulgado nesta quinta-feira (12), pela Secretaria Estadual de Saúde. Além disso, a Secretaria de Saúde recebeu, na última semana, a confirmação de outra amostra positiva para H1N1. Trata-se de uma paciente de 77 anos que vem sendo monitorada e que teve sua amostra encaminhada para o Laboratório Central do Rio Grande do Sul (Lacen/RS), em Porto Alegre, responsável por confirmar os casos de Influenza A. O resultado deve sair nos próximos dias.

De acordo com o último boletim da Secretaria de Saúde do RS, referente à semana 27, que será substituído por um novo a partir de hoje, o estado apresentava 193 casos confirmados de Influenza A – de subtipo H3N2 ou H1N1 -, além de 14 óbitos confirmados.

Os casos na região

Em Passo Fundo, de acordo com a chefe do Núcleo de Vigilância Epidemiológica, Raquel Carneiro, somente neste ano já foram enviadas 60 amostras suspeitas de gripe para o Lacen/RS. Dessas, 33 apresentaram resultados negativos, 16 positivos para o vírus H3N2 e oito ainda aguardam os resultados. No município, o número se manteve em 16 casos, ainda na semana 27.

A chefe do Núcleo de Vigilância Epidemiológica de Passo Fundo, Raquel Carneiro, esclarece que o setor da cidade encaminhou 93 amostras de pessoas de vários municípios da região para o Lacen. “Precisamos sempre conhecer o que está circulando, para poder trabalhar na questão vacinal, porque estávamos em campanha e agora está aberto para o público. A gente vem monitorando a influenza desde o início do ano, principalmente agora com as notificações. É preciso ter cuidado”, declara. Na cidade, 73 mil pessoas já haviam tomado a vacina até o último levantamento realizado, sobretudo as dos grupos prioritários.

Carazinho chega à metade de julho com dois casos confirmados de internação por influenza A, do tipo sazonal H3, em crianças, de acordo com a Vigilância Epidemiológica do município. Os registros são do mês passado e um dos pacientes tinha seis meses e o outro três anos. Outros oito casos suspeitos da doença foram descartados pelos exames negativos e um aguarda resultado do laboratório. As duas crianças que tiveram a confirmação da doença não haviam sido vacinadas para gripe, o que reforça a necessidade da busca pela medicação a fim de evitar a doença, uma vez que os menores fazem parte do grupo de risco. O caso ainda em investigação é de uma criança de quatro meses, que também não foi imunizada.

Segundo a secretária de Saúde de Carazinho, Anelise Almeida, houve um aumento súbito de doenças do quadro respiratório neste ano em relação ao ano passado, sobretudo devido às condições climáticas. O impacto afetou o estoque de antibióticos, que foi limitado para 45 dias devido à procura. “Estamos com muitas doenças respiratórias. Ficamos com remédios para 90, depois 60 e hoje para 45 dias. Já estamos fazendo uma nova compra para garantir os atendimentos, já que a demanda tem sido grande”, frisa Anelise. Diante desse quadro, a secretária recomenda que a população se agasalhe de acordo com a temperatura, evitando usar apenas peças leves, lavar as mãos com água e sabão, usar álcool gel 70 (quando possível) e evitar lugares fechados com aglomeração de pessoas e sem ventilação.

O Hospital de Não-Me-Toque enviou ontem ao laboratório de Porto Alegre amostras de uma paciente de 85 anos, internada com suspeita de Influenza A. O resultado deve ser divulgado em até 30 dias. A paciente faz parte do grupo de risco da doença e ainda sofre de Alzheimer – doença que debilita a memória e é mais comum em idosos. Segundo a enfermeira Liliane Kraemer, coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Não-Me-Toque, ela havia sido vacinada contra a gripe antes de apresentar os sintomas. O único óbito registrado nos últimos três anos em Não-Me-Toque foi em 2016. A vítima era uma mulher e morreu por Influenza A, do tipo H1N1. Pontão, que não tinha caso confirmado até a última semana, apresentou um caso, segundo o último relatório. Água Santa também tem um caso confirmado.

Sintomas

Febre alta, dor no corpo, falta de ar e secreção respiratória são alguns dos indícios de que a gripe é diferente da comum. Para a chefe de Epidemiologia, pode haver oscilação dos sintomas ao longo da apresentação do vírus. Segundo Raquel, os próprios dois casos confirmados em Passo Fundo de H1N1 não chamaram atenção inicialmente. “Se já está evoluindo para uma angústia respiratória, já é bom ter cuidado, porque indica que não é algo normal. Os dois casos que chegaram aqui não chamavam atenção, mas o quadro foi evoluindo. Fizemos coleta, protocolamos amostras e isso mudou. Na semana passada, a circulação na cidade era de H3N2, nessa semana já mudou o panorama. É sempre bom estar atento, porque o quadro se altera”, completa a chefe do Núcleo.

Orientações

Raquel Carneiro orienta que a comunidade que já está vacinada utilize álcool gel, tenha cuidado ao espirrar, lave as mãos constantemente e busque o medicamento tamiflu, que é gratuito pelo poder público. O remédio, inclusive, está disponível nas farmácias de atenção básica, na Farmácia Central e no Hospital Municipal Dr. César Santos. É necessário o atendimento de um médico para realização da prescrição para obter acesso ao medicamento.

Números são inferiores ao ano passado

De acordo com o boletim epidemiológico do Estado, os dados de 2018 seguem inferiores aos da temporada passada: foram 193 casos confirmados contra 388 no ano passado, até a mesma atualização de datas. No caso de óbitos, foram 14 mortes confirmadas até a semana 27 deste ano, enquanto no ano passado foram 40 óbitos até o mesmo período.

Diário da Manhã

Postado em 12 julho 2018 09:15 por JEAcontece
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