Tabaco e álcool estão entre os principais fatores de risco para o câncer de esôfago

Postado em 24 abril 2018 10:05 por JEAcontece
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Abril é mês de conscientização para a prevenção do câncer de esôfago. Bebidas quentes, como o chimarrão, também estão na lista dos fatores de risco

O câncer de esôfago (tubo que liga a garganta ao estômago) é responsável por cerca de 8,4 mil mortes no Brasil por ano. No Rio Grande do Sul (RS), são quase mil mortes e na região Norte do Estado, são mais de 100 óbitos por ano em decorrência desse tipo de câncer. Entre os fatores de risco principais estão o tabaco e o álcool, mas tem um hábito típico gaúcho que também merece atenção: o chimarrão.

Dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca) apontam quase 11 mil novos casos por ano de câncer de esôfago no país, atingindo principalmente os homens (8,2 mil casos). Estima-se que o tabaco e o álcool sejam responsáveis por 35% dos casos desse tipo de câncer. No RS, o oncologista clínico do Centro de Tratamento do Câncer (CTCAN), Dr. Alvaro Machado, destaca outro fator de risco: o chimarrão. A Associação Internacional de Pesquisa do Câncer (IARC – sigla em inglês) publicou, em 2017, alerta sobre bebidas quentes como causa da alta incidência de câncer de esôfago em regiões da China e sul da América do Sul (Argentina, Uruguai e Brasil). “Não fumar, não beber bebidas alcoólicas, usar água morna no chimarrão, chás e café. A recomendação é beber o chimarrão em temperatura amena, água no máximo a 60°C. Se colocar o dedo na água e queimar, não deve beber”, informa o oncologista do CTCAN.

Doença silenciosa na fase inicial
Em fase inicial, o câncer de esôfago é silencioso na maioria das vezes. “Infelizmente não há evidências de que o rastreamento sistemático para diagnóstico precoce possa diminuir as taxas de mortalidade. Sensação de dificuldade em deglutir, de que o alimento ‘tranca’ no trajeto para o estômago, dor retroesternal, regurgitação e emagrecimento são os principais sinais e sintomas, mas não são específicos do câncer de esôfago. Outras doenças podem causar as mesmas sensações. Nestes casos o médico deve ser procurado”, ressalta Machado.

Pessoas com doença do refluxo gastro-esofagiano tem maior chance de desenvolver o câncer esofágico quando há alterações crônicas, chamado esôfago de Barret. “Esta condição merece acompanhamento de perto e exames repetidos de endoscopia”, destaca o oncologista.

O câncer de esôfago é uma doença bastante agressiva. “Pelo fato do diagnóstico ser, em geral, tardio, o prognóstico é pior. Por outras particularidades, o risco de reaparecimento da doença após o tratamento inicial também é maior. Em geral o tratamento é multimodalidade, incluindo radioterapia, quimioterapia e cirurgia na fase inicial”, comenta Machado.

O diagnóstico é feito basicamente por meio da endoscopia digestiva alta que, além de observar a extensão da doença, obtém material para a biópsia que definirá o tipo de tumor, o que pode implicar na decisão dos melhores tratamentos.

Mortalidade por câncer de esôfago
– Brasil: 8.402 mortes
– RS: 983 mortes
– Região Norte do RS: 106 mortes
Fonte: DataSUS (2015)

Natália Fávero – Assessoria de Imprensa CTCAN

Postado em 24 abril 2018 10:05 por JEAcontece
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