O prefeito Milton Schmitz (MDB) foi o convidado da reunião-almoço da Associação Comercial e Industrial (ACIC) e compareceu acompanhado dos secretários Vanderlise Girardelo (Planejamento) e Estevão De Loreno (Obras e Saneamento).
O prefeito falou da gestão no ano que terminou e do que está em andamento em 2018, e fez uma referência ao resultado da votação da câmara de vereadores na quarta-feira (14) passada que rejeitou por 7 votos a 5 o projeto de lei de autoria do Executivo que autorizava o funcionamento aos domingos e feriados para o comércio nas BRs em Carazinho.
Admitiu que o placar foi inesperado, tanto que nem conversou com a base aliada porque imaginou que a aprovação seria unânime, e disse que esse resultado demonstra que há pessoas ”pensando nas próximas eleições, e não em Carazinho”.
Com o projeto rejeitado, disse que não sabe com que cara vai ir atrás da Havan novamente, pois a aprovação do projeto tornaria o município candidato a um dos próximos investimentos da empresa previstos para o Rio Grande do Sul, já que um dos requisitos para a instalação da Havan é o funcionamento domingos e feriados. ”Não entendíamos que não seria aprovado por unanimidade, mas infelizmente tem gente preocupadíssima com as próximas eleições, e essa não é a nossa preocupação, essas pessoas vão se perpetuando no poder e Carazinho não avança, espero que a sociedade esteja olhando isso e se preocupe. Não sei com que cara vou lá na Havan depois disso, mas eu fui para lá sem saber se Carazinho quer a Havan, e agora estou pensando em fazer correspondência para todas as entidades para que me respondam claramente se querem esse investimento, que Carazinho está aberta a esse investimento. É importante discutir, pode ser que não queiram isso para a cidade”.
Ao conceder entrevista para a Rádio Gazeta ao final do encontro, o prefeito revelou que está chateado com a posição tomada pela câmara e que não fez o decreto como ocorreu na cidade vizinha de Não-Me-Toque para o funcionamento do comércio domingos porque queria compartilhar essa decisão com os vereadores. ”A câmara representa os 63 mil habitantes de Carazinho, por questão de respeito, fortalecer nosso pleito junto a Havan, cuja exigência é que se oportunize o trabalho em 363 dias do ano, apenas em dois que eles não abrem, que encaminhamos esse projeto para a câmara, o que o prefeito de Não-Me-Toque fez tem toda a validade do mundo, mas se tiver aprovação da câmara nos fortalece mais”.
O decreto está sendo providenciado. ”Sim, provavelmente estarei construindo um decreto neste sentido porque tenho recebido centenas de manifestações favoráveis porque as pessoas querem emprego, quem não quer trabalhar domingo pode trabalhar em outra área que não precise trabalhar domingo”.
O prefeito Milton também disse que a infraestrutura que foi questionada por alguns vereadores será buscada para dar suporte aos trabalhadores. ”Falaram que não tem creche, mas creche a gente monta de um mês para o outro, abrimos uma para trabalhar no fim de semana, isso não será empecilho nenhum, estaremos construindo o decreto porque como o projeto não pode voltar à câmara de vereadores tenho recebido muita manifestação para tomar essa atitude, e um exemplo é que perto de mil pessoas estiveram procurando um emprego na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) que terá 70 vagas, Carazinho está carente de novas empresas, estamos buscando fazer nossa parte, porque Carazinho se enxerga um pouquinho além do rio da Várzea”.
A entrevista na íntegra você acompanha no programa Lado a Lado Com a Notícia desta terça-feira (20) que começa às 13h na Rádio Gazeta AM .
Mais sobre a entrevista a seguir na coluna Circulando neste site.
Foto: Ascom Prefeitura de Carazinho
