Na sexta-feira (08), a Universidade de Cruz Alta promoveu no Auditório da Produção na Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque, o Fórum de Desenvolvimento Rural, coordenado pelo Mestrado Profissional em Desenvolvimento Rural. Na abertura do evento estiveram presentes a vice-reitora de Graduação Sirlei Lourdes Lauxen e a vice-reitora de Pós-Graduação, Pesquisa e extensão Cléia Baiotto, que na ocasião salientou “que a Universidade vem atuando de forma mais efetiva na Feira nestes últimos anos”. No que se refere à participação do Curso de Mestrado na Expodireto-Cotrijal, a Vice-Reitora comentou que a atuação dos acadêmicos demonstra a maturidade que o Curso tem e ainda ressalta as questões voltadas para o agronegócio.

O coordenador do Fórum e do Mestrado em Desenvolvimento Rural, professor Lucas Siqueira, enfocou a participação do Curso na Feira pelo segundo ano consecutivo. “No ano de 2012 com o lançamento do mestrado e este ano já colhendo frutos do resultado de trabalhos de discentes e docentes do mestrado.” O professor comentou que as discussões dos temas do Fórum, são comuns e rotineiras dentro do grupo de alunos, mas que é importante e fundamental dividir o resultado destes trabalhos realizados com a comunidade externa.

A primeira palestra do Fórum foi apresentada pelo mestrando Jair da Silva Mello. Com o tema “Viabilidade econômica e financeira do sistema de rotação de cultura em unidade de produção familiar”, a pesquisa foi realizada em parceria com os colegas Márcio de Scobar Paixão e Darci Pedro Hartmann. O tema proposto fez uma análise de caso em uma propriedade de 90 hectares situada em Boa Vista do Incra, da família Trenhago. O estudo mostrou o relato do sistema de rotação de cultura adotado na propriedade nos últimos três anos.

Para isto, foram levados em conta: a produtividade média da propriedade, custos de produção, receita, margem de lucro, uso de equipamentos e maquinários. Dentre as considerações finais Jair Mello salientou que sistema de plantio na palha é sustentável e traz resultados positivos na propriedade e na renda familiar se estiver atrelado com a prática de rotação de cultura e vinculado à tecnologia na lavoura. Jair ainda deu ênfase na importância do produtor ter uma reserva financeira para se manter em anos de safras não tão boas.

O segundo palestrante abordou o tema: Comercialização: um desafio aos sojicultores. O trabalho foi resultado da pesquisa dos alunos de mestrado Alceu Fronchetti, Rodrigo Zamberlam e Edílson Baumgratz. O palestrante começou sua explanação falando que o mercado globalizado, cada vez mais requer de profissionais mais qualificados e com base em conhecimento e que o Curso de Mestrado traz isto. Ele enfocou a importância da Universidade de Cruz Alta estar efetivamente presente em uma Feira de grande porte do agronegócio no país. Edílson abriu a palestra expondo dados que mostram o crescimento da atividade, o preço do grão e enfatizou que o Brasil é o segundo produtor mundial de soja. A pesquisa enfatizou a comercialização da soja e traçou um paralelo de perdas e ganhos. Os dados foram coletados na Cooperativa Cotrijal, com sede em Não-Me-Toque, no período de sete anos. Dentre as considerações finais Edílson comentou que é difícil acertar o melhor preço, isto porque é necessário levar em conta o mercado internacional. Além disso, buscar a comercialização em períodos com preço melhor e vencimentos em períodos mais variados também devem ganhar a atenção do produtor. Outros fatores discutidos foram os vencimentos de contratos e obrigações financeiras concentrados próximos aos meses da colheita.

A última palestra do Fórum em Desenvolvimento Rural foi ministrada pelo docente da Unicruz e pesquisador da CCGL/TEC Doutor Jackson Fiorin, com o tema “Adubação em Sistema de Produção de Leite sobre Pastagem”. O professor falou sobre a cadeia produtiva do leite, a dinâmica de nutrientes no sistema de produção sobre pastagem, a importância da fertilidade e análise do solo e ainda a recomendação da adubação para se ter um melhor aproveitamento da pastagem. Destacou que a produção de leite no Rio Grande do Sul é realizada em pequenas e médias propriedades e que a produção de pastagem deve levar em conta determinados fatores, como: manejo de espécies forrageiras de inverno e verão, acidez e correção do solo, silagem e ainda explicou o ciclo de reciclagem dos piquetes.

(Assessoria de Imprensa – Unicruz)