Produção de etanol gera prejuízo milionário para a Petrobras

Postado em 15 fevereiro 2013 07:21 por JEAcontece
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Miguel Rossetto, presidente da Petrobras Biocombustível (PBio), não estava presente entre os diretores da estatal, nesta quarta-feira, na divulgação dos resultados financeiros do quarto trimestre de 2012 e de todo o ano passado. A atual presidente, Graça Foster, também não deu muita atenção, em sua apresentação, ao prejuízo crescente da subsidiária que cuida dos negócios de etanol e biodiesel.

O destaque da coletiva com a imprensa foi o resultado geral da companhia, que apresentou queda de 36% no rendimento de 2011 para 2012. Para a PBio o ano terminou com uma perda recorde: R$ 218 milhões, 39% maior do que o registrado em 2011.

Esse foi o quarto ano seguido que as contas da PBio fecham o ano no vermelho. Para tornar a situação ainda mais grave, os maus resultados da subsidiária têm sido crescentes (veja gráfico). Desde 2009, as perdas mais que dobraram.

A origem deste prejuízo está mais relacionada com etanol do que com biodiesel. A estatal informa que o impacto maior no saldo negativo de R$ 218 milhões foi causado pelas perdas em “investidas do setor de etanol, além do aumento das despesas com pesquisa e desenvolvimento”. De acordo com o balanço anual estas despesas com pesquisa e desenvolvimento foram de R$ 67 milhões.

As vendas dos produtos, que incluem etanol e biodiesel, somaram R$ 50 milhões de prejuízo. Enquanto foram gastos R$ 945 milhões para serem fabricados, o preço de venda gerou apenas R$ 895 milhões. Este resultado indica que até PBio sentiu o impacto da falta de reajuste no preço da gasolina.

Lado bom

Há pelo menos um ponto positivo. Comparando os resultados do quarto e do terceiro trimestres do ano, houve uma melhora considerável. No último trimestre do ano passado, o prejuízo foi de R$ 17 milhões – bem melhor que os R$ 44 milhões perdidos no 3º trimestre de 2012 ou dos R$ 40 milhões negativos do 4º trimestre de 2011.

As vendas da subsidiária também deram um salto. Em 2011, a PBio faturou R$ 535 milhões, enquanto no ano passado as vendas alcançaram R$ 895 milhões.

Abastecimento

Se a defasagem do preço da gasolina prejudicou a área de biocombustíveis em algumas dezenas de milhões, o segmento de abastecimento sentiu com muito mais força o problema. A área teve um prejuízo astronômico: R$ 22,9 bilhões.

(Nova Cana)

Postado em 15 fevereiro 2013 07:21 por JEAcontece
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