Umidade no solo atrasa plantio do trigo

Postado em 29 maio 2017 07:03 por JEAcontece
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A alta umidade do solo tem impedido um manejo adequado para as atividades pré-plantio das culturas de inverno, como dessecação da cobertura verde e a manutenção de estradas e camaleões, que evitam os problemas de erosão. Nas principais regiões produtoras de trigo, ao Norte do Estado, a semeadura está atrasada. De acordo com o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, até o momento apenas 3% da área de 727,7 hectares, previstos para este ano, já está semeada e em desenvolvimento vegetativo, contra uma média de 4% nos últimos anos. As áreas implantadas apresentam até o momento boa emergência, porém expressam sintomas de clorose (pouca fotossíntese), devido à baixa luminosidade.

A canola está sendo semeada. As lavouras em germinação e desenvolvimento vegetativo apresentam bom padrão, apesar das constantes instabilidades e alta umidade do solo, em especial no Noroeste do RS. Os produtores buscam cada vez mais variedades altamente uniformes, de boa produtividade, para fazer rotações de culturas. Nessa safra, o RS deverá ter uma área aproximada de 52.464 ha, segundo a primeira estimativa da Emater/RS-Ascar.

A aveia branca apresenta uma área expressiva no Estado, de 230.653 ha, sendo a maior lavoura de inverno após o trigo. A implantação da cultura avança e as lavouras já implantadas apresentam boa emergência e formação inicial satisfatória. Essa produção é motivada para o forrageamento para os animais no inverno e a produção de sementes.

Hortigranjeiros, frutícolas e criações
Aipim – A colheita está em andamento, com produtividade média de 12 a 14 t/ha. Os produtores estão recebendo R$ 15,00 a caixa/20 kg na propriedade e R$ 20,00 a caixa na Ceasa. Algumas famílias estão “segurando” a venda, aguardando a melhora do preço do produto. Parte da produção é beneficiada nas agroindústrias e comercializada no município e região.

Alho – Na Serra, inicia o plantio da safra futura, através de variedades precoces, como a Chonan. O entusiasmo dos alhicultores, como decorrência dos resultados de campo e mercantis auferidos na safra anterior, indica a intenção de incremento da área e a procura por insumos, como bulbilhos-sementes.

Morango – Período de condução inicial das novas áreas de cultivo com mudas nacionais, especialmente de dias curto. Cultivares de dias neutros importados são plantadas em sistemas de cultivo em substrato em bancadas elevadas. Áreas de segundo ano ‘podadas’ começam a emitir as primeiras flores. Algumas áreas mantidas sob manejo intensivo ainda estão produzindo algum volume e os agricultores estão colhendo o que podem para aproveitar o preço, que está elevado.

Bovinocultura de corte – O campo nativo ainda apresenta bom desenvolvimento, com boa oferta e qualidade de alimento. Na região da Serra, o campo nativo encerrou seu ciclo, transformado em palha de baixo valor nutricional.

Estamos em pleno vazio outonal, agravado em propriedades que não fizeram reserva de forragem na forma de silagem, feno ou pré-secado. Aqueles que possuem silagem de milho estão começando a utilizar, enquanto aguardam o desenvolvimento das forragens de inverno (aveia preta e o azevém). Os pecuaristas que implantaram as pastagens no cedo e estão com as forragens prontas para o pastejo já começam a colocar seus rebanhos nas pastagens de inverno, formadas por aveia preta e azevém, embora neste primeiro momento se destaque a aveia preta.

As condições corporais e sanitárias dos rebanhos ainda são satisfatórias. Os rebanhos seguem recebendo nos cochos sal comum e/ou sal mineral. Alguns produtores que diferiram áreas de nativo começam a suplementar com sal proteinado. Intensificaram no período as práticas de marcação, castração e aparte dos terneiros. Está ocorrendo campanha de vacinação contra a febre aftosa e vacinação das terneiras contra brucelose.

Apicultura – Na região de Caxias do Sul, os apicultores estão fornecendo alimentação proteica para os enxames, enquanto realizam limpeza de apiários (roçadas) e limpeza de melgueiras (raspagem de própolis) e controlam os predadores. Os enxames apresentam boas condições sanitárias e nutricionais. A comercialização segue favorecida pela pouca oferta e grande procura. O mel continua valorizado, pois, apesar de boa safra, os preços continuam elevados, com o mel no varejo sendo comercializado a R$ 22,00 e, no atacado, a R$ 10,00/kg.

Região de Soledade, o clima mais frio, normal para esta época, reduz a atividade das abelhas. É o momento de monitorar enxames mais fracos, pois a floração é um tanto escassa. Por outro lado, os dias ensolarados e as temperaturas mais elevadas durante o dia são importantes para o desempenho das atividades das colmeias, tornando satisfatória a safra do mel de outono. Os apiários bem manejados tiveram produção bem acima dos últimos anos. Isto se deve as condições climáticas favoráveis.

Adriane Bertoglio Rodrigues – Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar

Postado em 29 maio 2017 07:03 por JEAcontece
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