Operação Colheita Maldita: Cooperativa é suspeita de desviar mais de R$ 17 milhões em sacas de soja

Postado em 19 maio 2017 10:40 por JEAcontece
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Na manhã desta sexta-feira foi desencadeada a Operação Colheita Maldita, uma suposta fraude envolvendo o depósito e a venda ilegal de 170 mil sacas de soja em oito cidades gaúchas e uma paranaense. A investigação envolve a Cooperativa dos Agricultores de Plantio Direto, a Cooplantio.

A ação é da Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Administração Pública e Ordem Tributária (Deat), sob coordenação dos delegados Max Otto Ritter e André Lobo Anicet.

Na unidade da empresa em Passo Fundo, o delegado Adroaldo Schenkel iria cumprir um mandato de busca e apreensão, mas a empresa não foi localizada no endereço informado.

São investigados crimes de apropriação indébita, associação criminosa e lavagem de dinheiro. As suspeitas surgiram depois de queixas de agricultores que teriam sido lesados pela cooperativa. O prejuízo de apenas uma vítima, com correções, é calculado em torno de R$ 17 milhõe

São denunciados dirigentes e conselheiros da cooperativa pelos desvio de soja de associados e criação de empresas fantasmas.

As investigações começaram no segundo semestre de 2016, a partir da denúncia de um produtor que se disse lesado. Ele afirmou ter depositado junto à cooperativa 170.808,95 sacas de soja das safras 2010-2014, mas descobriu que sua mercadoria estava sendo vendida sem seu conhecimento e sem que recebesse os valores decorrentes do negócio.

O produtor passou a cobrar a cooperativa, sem sucesso. A discussão tramita inclusive em ação judicial cível. Quando soube da venda irregular de 100 mil sacas, o produtor tentou reaver as outras 70 mil, mas nunca conseguiu recuperar a mercadoria.

Através da quebra de sigilo bancário, a Deat, apurou terem sido feitas transferências de altos valores entre a cooperativa e gestores investigados. A polícia também apura o uso de empresas de fachada para fazer o dinheiro desviado circular.

A Justiça autorizou buscas e apreensões e decretou a indisponibilidade de veículos de propriedade dos investigados e de beneficiários do esquema criminoso. Segundo os delegados Ritter e Anicet, as buscas visam a localização de documentos que reforcem os indícios de crimes já apurados ao longo da investigação.

Os nomes dos investigados não foram revelados pela Deat.

(Via Zero Hora)

Postado em 19 maio 2017 10:40 por JEAcontece
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