Terminada a safra de verão, começa um período de ociosidade nas lavouras e as áreas ficam sem proteção por não haver a semeadura imediata de plantas de cobertura que possam amenizar o impacto das chuvas e a consequente erosão, fenômeno que empobrece o solo e onera a manutenção da fertilidade.
Mesmo que o produtor tencione o cultivo de trigo ou cevada, o espaço de tempo entre a colheita de verão e plantio destas cultivares é longo, justamente num período onde as chuvas torrenciais não são raras. Até na formação da lavoura de aveia, o plantio ocorre com relativo intervalo pós colheita de verão.
Esta conjuntura impõe vulnerabilidade à lavoura e potencializa os efeitos nocivos das chuvas, podendo acarretar em perdas acentuadas de solo e fertilidade. O cenário origina diminuição de produtividade das culturas de verão por questões físicas e biológicas ocasionado pela diminuição de matéria orgânica e dificultando a formação de estrutura de solo adequada. A reversão se dará somente com diferentes tipos de palhada para melhora microbiana do solo e retomada da estrutura física e biológica, que não se consegue por adubação química.
Para o Engenheiro Agrônomo da Comercial Bortolan Gustavo Comin o ideal seria o produtor manter cobertura de solo durante o ano todo para evitar o máximo possível a erosão provocada pela corrida laminar de água na lavoura que á a maior causadora de perdas de nutrientes. “A forma de como atingir esta meta cada produtor terá que encontrar segundo a sua realidade, porém aquele melhor organizado, maior resultado terá na produtividade das culturas de verão”, observou. Comin salienta que a produtividade deste ano foi excelente, porém as condições climáticas foram melhores na comparação com o ano anterior e baseado nisso o produtor tinha uma expectativa ainda maior no resultado da safra recém colhida, entretanto, a lavoura parece não ter potencial para um incremento na produção, essa é a barreira estabelecida pela carência de material orgânico e a receita para continuar a curva ascendente na produção primária é a velha rotação de culturas com cobertura verde de solo no maior período possível.
A Comercial Bortolan coloca o seu corpo técnico a disposição do produtor para buscar soluções de manejo e cobertura de solo no período entre culturas.
Paulo Santos – Jornalista