O Câmpus Ibirubá do IFRS entrou em greve dia 16 de maio em busca de melhorias para a instituição e servidores.

Dos 103 servidores lotados no câmpus, grande maioria aderiu à greve, entendendo que, embora seja um momento de ajustes em todo o país, o governo não deve cortar de áreas indispensáveis para a população como Educação, Saúde e Segurança.

Em pauta geral reivindicada pelos servidores públicos federais, que engloba não apenas os servidores da educação, mas também outras categorias, como INSS, pretende-se obter a recuperação de 27,3% de perdas salariais ocorridas nos últimos anos devido a inflação, assim como a Data-Base. Além da isonomia de benefícios entre os poderes, igualando auxílio alimentação, auxílio saúde e auxílio creche.

Até o momento, a proposta do governo para esses pontos é aumento do vencimento básico em 21,3% parcelado em 4 anos, e reajuste dos benefícios em 22,8% para auxílio alimentação e saúde e 317% para o auxílio creche, que não é reajustado desde 1995, passando de R$ 66,00 para R$ 275,00, com variação conforme a localidade.

Outros pontos também são a luta contra o PLC 30/2015, que trata das terceirizações e a auditoria da dívida pública.

Cortes no Orçamento prejudica Câmpus Ibirubá

Uma pauta que converge tanto no eixo geral quanto no eixo específico das reivindicações é relativa ao corte nas verbas para a educação. Na prática, para o Câmpus Ibirubá, o corte foi de 46% nas verbas de investimento, o que dificulta substancialmente que o câmpus adquira equipamentos de maior custo, necessários para o funcionamento dos cursos.

Outra preocupação dos servidores é quanto ao futuro da construção do prédio de laboratórios de Engenharia Mecânica, anunciado ano passado e em construção esse ano. O medo é de que não haja recursos suficientes para equipar o prédio, caso os cortes continuem.

Outras pautas do eixo específico pedem para que haja maior democratização das Instituições Federais, assim como uma expansão responsável e de qualidade da rede, consolidando os campi já existentes. Carreira única dos trabalhadores da educação, isonomia de tratamento entre docentes EBTT e Magistério Superior, jornada de 30 horas semanais para os técnicos administrativos, entre outras.

A greve continua por tempo indeterminado, até obter uma resposta satisfatória por parte do governo. O calendário acadêmico foi suspenso e as aulas serão recuperadas ao final da greve.

Na tarde de quarta-feira, 29 de julho, os servidores do câmpus Ibirubá fizeram uma manifestação com faixas na praça General Osório, em Ibirubá, para divulgar os motivos da greve. Durante o evento, o Grêmio Estudantil da instituição manifestou seu apoio a paralisação dos servidores.

Outras manifestações serão organizadas e divulgadas nos próximos dias.

(Julia Goulart Blank – Comunicação do IFRS Câmpus Ibirubá)