Com esperada produção recorde na nova temporada, as exportações do grão, farelo e óleo de soja do Brasil poderão atingir uma marca recorde próxima de 30 bilhões de dólares, afirmou a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) na sexta-feira (24).
A receita com as vendas externas do complexo soja (grão, farelo e óleo) foi estimada em 29,9 bilhões de dólares, o que representaria um aumento de 6,5 bilhões de dólares em relação ao valor projetado no ano industrial 2012/2013.
Esse aumento ocorrerá por conta dos preços mais altos no mercado internacional, decorrentes da quebra de safra dos Estados Unidos, e pela produção crescente.
A Abiove divulgou números na sexta-feira (24) apontando produção de soja, farelo e óleo recordes no ano industrial 2013/14, com início em fevereiro do próximo ano.
As projeções para as exportações consideram a ocorrência de tempo favorável até a colheita no Brasil –se tudo correr bem, o país poderá superar os Estados Unidos como os maiores produtores e exportadores do mundo, após os norte-americanos registrarem severas perdas por conta da seca.
No caso das divisas, a soja em grão deverá ter o maior peso na exportação do país, com 20,6 bilhões de dólares (ante 15,8 bilhões de dólares na temporada anterior), seguido pelo farelo (com 7,5 bilhões de dólares) e o óleo (1,8 bilhão de dólares).
O preço médio da soja exportada passará de 520 para 550 dólares por tonelada na temporada 13/14, na projeção da Abiove; o farelo subirá de 450 dólares para 500 dólares/t; e o do óleo está projetado para ficar estável em 1.200 dólares/t.
“O agronegócio soja estará entre os principais setores líderes da balança comercial brasileira”, notou a entidade.
Entre os produtos do agronegócio, o complexo soja já é líder.
Para a produção de soja, o ano industrial da Abiove 13/14 equivale ao ano agrícola 2012/13, uma vez que o ano da associação começa quando a colheita 12/13 está em sua fase inicial.
A soja atingiu um valor recorde de 17,7775 dólares por bushel em Chicago em meados de julho.
Reuters
