Na manhã de sábado dia 28 de fevereiro, uma comitiva de Não-Me-Toque formada por familiares de pessoas com deficiências esteve participando da manifestação “Direitos Iguais Lais” em Passo Fundo, organizado pelo Movimento Direitos Iguais (MMI) e Movimento Mãe Especiais (MME). A mobilização do evento aqui no Município foi liderada por Cleusa Nair Appelt e demais simpatizantes. A Administração Municipal forneceu transporte para o deslocamento.

A movimentação começou em São Paulo devido a repercussão da pensão aprovada para atleta Laís Souza, que sofreu um acidente quando se preparava para competir nos Jogos Olímpicos de Inverno de 2014, causando uma lesão na terceira vértebra (C3) da coluna cervical, deixando-a tetraplégica. Posteriormente ao acidente, o Senado aprovou no dia 17 de dezembro de 2014, em votação simbólica, o projeto de lei da Câmara (PLC) 81/2014 (ou PL 7657/2014, na Casa de origem), que prevê a concessão de pensão especial vitalícia à ex-ginasta e ex-esquiadora. O valor do benefício mensal equivale a R$ 4.390,24, limite máximo para esse tipo de auxílio, segundo o Regime Geral de Previdência Social.

Assim, pessoas com deficiências que sofrem inúmeras dificuldades devido ao baixo valor do BPC – Benefício da Pessoas com Deficiência, acompanhados de seus familiares e amigos, demostraram sua indignação percorrendo diversas ruas no Brasil afora.

A comitiva de Não-Me-Toque se reuniu com os passo-fundenses na Praça da Cuia em Passo Fundo, onde pararam nas sinaleiras demonstrando faixas de indignação e caminharam em direção à Avenida Brasil, bloqueando o trânsito por alguns minutos e gritando por “Direitos Iguais”. Após retornam até a Praça da Cuia, realizando num grande círculo uma oração e encerrando o ato.

Conforme a organizadora do evento na cidade da Passo Fundo e região, Pamela Lopes, o objetivo macro do movimento é lutar por melhores condições a pessoas especiais. “Queremos que nossos governantes tratem as pessoas especiais com dignidade. Hoje o governo dá como direito a uma pessoa especial o valor de um salário mínimo, se a renda da família por pessoa não ultrapassar a um quarto do salário mínimo. Isso é uma vergonha porque o custo de uma pessoa especial é enorme, como por exemplo: cadeiras de rodas, órteses, medicações e etc. “, disse.

A comitiva de Não-Me-Toque, estava composta por:
Ana Cláudia Stumm, Álvaro Appelt, Cleusa Nair Appelt, Charles Manolo de Morais, Caroline Michelini, Evanir Michelini, Elma Stumm, Gislene Meira, Marlene Pinto, Marcos Pinto, Tatiane Stumm, Matheus Stumm Prates e Marcelo Prates.

(Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Não Me Toque)