CRUZ ALTA – Vestibular Unicruz: 6 dicas para enriquecer a prova de redação

Postado em 30 janeiro 2015 09:02 por JEAcontece
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O Vestibular de Verão 2ª Edição da Universidade de Cruz Alta consiste em uma prova única de redação, e as dúvidas mais frequentes dos candidatos são por onde começar, de que forma desenvolver e como finalizar o texto.  Além de dominar o tema proposto para a redação, é preciso dar atenção a técnicas que farão a diferença para obter uma nota alta no processo seletivo. A professora do curso de Letras da Unicruz, Ieda Linck, mestre e doutoranda na área, colaborou com dicas fundamentais para uma boa redação.

#1: O objetivo é construir uma argumentação
Uma redação é um texto dissertativo, ou seja, é caracterizado pela argumentação. A dissertação é escrita em terceira pessoa, de forma impessoal, para dar voz aos argumentos, não ao autor. “Apesar das possibilidades de como o texto pode ser escrito e a linguagem utilizada, o motivo central é argumentar em favor de uma ideia defendida pelo autor, de maneira clara e concisa”, explica a professora.

#2: A linguagem é objetiva, mas consistente
As frases precisam ser breves e os parágrafos curtos. “Diga o que quiser com menos palavras puder. Não alongue as frases com o uso abusivo de ‘que’, ‘o qual’, ‘cujo’ e gerúndios. Uma argumentação melhor não vem, necessariamente, de um texto mais rebuscado e prolixo”.
A professora ainda afirma que é preciso organizar frases e parágrafos logicamente, com cada frase ou parágrafo desembocando naturalmente no que vem a seguir. O conhecimento da língua é essencial para o uso de sinônimos, evitando o erro de repetir verbos e substantivos. Outra regra fundamental: “Não se separa sujeito do verbo, nem o verbo de seus complementos”.

#3: Fuja dos vícios de linguagem
– Evite apelar para generalizações (como “a maioria acha”, “como já é sabido”, “todo mundo”). Você terá menos chance de parecer superficial.
– Nunca escreva sobre o que não sabe. Você terá menos chance de parecer um enrolador. Não tente ‘enfeitar’ a redação com palavras rebuscadas, sem saber o sentido. Acredite, o avaliador percebe.
– Utilize a linguagem padrão. Evite vícios de linguagem usados no cotidiano como “né”, “acho”, “penso”, “acredito”, “tipo”.
– Evite modismos linguísticos como “em nível de”, “colocação”, “fulano vai dizer que”, etc.
– Evite as redundâncias (como “os cidadãos são a razão do país”). Cada frase deve ser produto de uma reflexão. Você terá menos chance de parecer apressado.

#4: Coesão e coerência: a fórmula mágica
Coesão e coerência são conceitos constantemente discutidos no ensino da redação. Mas qual a diferença entre os dois? A professora responde: “Coesão textual é o que torna um texto fluido, com continuidade. Coerência é dizer algo que tenha sentido, e fazer sentido com o que você já disse antes”.
Para o texto ser coeso é preciso utilizar as palavras de forma adequada. Algumas palavras facilitam a coesão: elipses e sinônimos evitam repetição, por exemplo. Já para ser coerente, é necessário pensar bem no que se escreve, formulando a opinião sobre o assunto internamente: “Manter a clareza nas palavras, mas com riqueza de ideias, é ideal para que o autor mesmo não se perca”.

#5: É preciso seguir a estrutura básica
Uma prova de redação não é o momento de “experimentos textuais”. É altamente recomendável seguir a estrutura tradicional. Uma introdução que contextualize o leitor do tema, com argumentações prévias ou recuperações históricas, mas sem mostrar tudo o que será dito. O desenvolvimento contém a argumentação propriamente dita: a professora Ieda Linck sugere que dois enfoques dentro de um assunto ou mais de dois argumentos revelam capacidade de reflexão do vestibulando. Por fim, a conclusão é o nó do ponto do argumento. “Repetir, sucintamente, o que foi dito para retomar os argumentos do texto é ideal para uma boa conclusão”, finaliza a professora.

#6: Por fim, tranquilidade e clareza de ideias
Experiente no ensino da produção textual, inclusive na preparação de alunos para o Exame Nacional do Ensino Médio, a professora Ieda enfatiza as últimas recomendações, mas não menos essenciais:
– Não corra. Respire fundo, pense sobre o assunto e respire mais um pouco. Faça um esquema de escrita. Pense sobre o tema e veja o que sabe a respeito. Apenas depois disso, inicie o texto.
– Mantenha o foco no tema. Um balão na argumentação que passe muito longe do tema pode desclassificá-lo.
– Não generalize afirmações.
– Não utilize gírias, a não ser que o contexto aceite e você deixe isso claro. A dissertação pede uma linguagem mais rígida nos padrões formais da língua.
– Ainda assim, a rigidez formal não exige que você se aproprie de um léxico deveras rebuscado e científico. Exponha suas ideias de forma clara.
– Não utilize superlativos, aumentativos, diminutivos e adjetivos em excesso.
– O título deve possuir a essência do tema em uma frase curta. Ele pertence ao texto todo e não apenas ao primeiro parágrafo.
– O título deve ser objetivo, elegante e informativo.

(Núcleo Integrado de Comunicação)

Postado em 30 janeiro 2015 09:02 por JEAcontece
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