NÃO-ME-TOQUE – Mercado e entraves à produção do leite norteiam debate

Postado em 02 setembro 2014 16:04 por JEAcontece
15.292.411/0001-75

Mesmo tendo registrado o impressionante crescimento de 86,5% na produção de leite no período de 2003 a 2013, o Rio Grande do Sul ainda tem no seu horizonte desafios. Entre eles gestão na pequena propriedade, renovação da mão de obra, aumento da produtividade e melhoria da qualidade do leite. Preocupações que foram debatidas na última quarta-feira (27), na sede da Associação de Funcionários da Cotrijal, em Não-Me-Toque, durante Seminário do Leite, promovido pelo Governo do Estado e Prefeitura de Não-Me-Toque.

“O Rio Grande Sul é o que é em termos de produtividade graças ao trabalho pioneiro de técnicos feito pelas cooperativas no passado e que agora com as novas regras e exigências está sendo retomado mais fortemente. Apesar de servir de exemplo para o país, ainda temos espaço para melhorar tanto em produção como em qualidade”, afirmou o presidente da Cooperativa dos Profissionais Liberais do Brasil (Cooplib), Ernesto Krug, um dos palestrantes do seminário.

Krug também enumerou alguns dos fatores que, segundo ele, contribuem para a falta de jovens no campo para dar continuidade à atividade leiteira. “São vários os motivos. Vão desde o não reconhecimento por parte da família, a falta de renda e de diálogo”, pontuou.

Para o vice-presidente da Cotrijal, Enio Schroeder, o leite é uma atividade que exige bastante, mas quando bem organizada equilibra as finanças. “Ser produtor de leite hoje exige muita conta, cálculo e boa gestão. É uma atividade que precisa permanentemente ser prestigiada e reconhecida porque produz um alimento nobre. Na área de abrangência da Cotrijal, os produtores têm feito um excelente trabalho para garantir a qualidade do produto que chega às prateleiras. Por isso, a cooperativa é parceira para apoiar todo e qualquer evento que venha a agregar conhecimento e motivar cada vez mais os produtore”, disse Schroeder, que representou a cooperativa na abertura do evento.

O secretário executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Rio Grande do Sul (Sindilat), Darlan Palharini, se ateve ao crescimento da produção gaúcha de leite – o Estado produz aproximadamente 4 bilhões de litros de leite ao ano e aparece em segundo lugar no ranking nacional, atrás apenas de Minas Gerais. O leite UHT, em pó, soro e novos derivados, como o queijo, por exemplo, são os principais produtos industrializados, segundo Palharini.

Também participaram do seminário a prefeita Teodora Lütkemeyer; o presidente da Câmara de Vereadores, Gilson dos Santos; o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Pedro Nienow, e o representante da Fetag, Airton Hochscheid.

Em busca de aprendizado

O casal de produtores Rogério André Blau, 58 anos, e Solaine, 50, de São José do Centro, foi ao seminário em busca de informações para aprimorar a produção de leite na propriedade. “Estou aprendendo a lidar com o leite. Por isso, estou aqui. E também para ver se o que eu estou fazendo está certo”, comentou Blau. O produtor tem 17 vacas em lactação.

Tarde de campo – Além do seminário, também foi realizada uma Tarde de Campo, com duas estações: planejamento de piquetes considerando a oferta de pasto e a qualidade dos animais e alternativas para produção de forragens, desenvolvidas pelos extensionistas da Emater/RS-Ascar, Celso Siebert e Vinícius Toso.

(Assessoria de Comunicação da Cotrijal)

Postado em 02 setembro 2014 16:04 por JEAcontece
15.292.411/0001-75
TAPERA TEMPO

Desenvolvido com 💜 por Life is a Loop