Jornal Financial Times critica governo de Dilma

Postado em 06 maio 2014 07:25 por JEAcontece
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“Os preparativos atrasados da Copa do Mundo envergonham o país”, diz o artigo

O jornal internacional Financial Times, especializado em negócios e com sede no Reino Unido, pede um “choque de credibilidade” no Brasil. Em editorial publicado nesta segunda-feira, a publicação afirma que se o governo de Dilma Rousseff não mudar de rumo, as eleições presidencias não poderão resultar em uma mudança. Ao comentar rumores que circulam no mercado, o editorial elogia e possiblidade de um Banco Central (BC) independente, em um eventual segundo mandato de Dilma e a chance de indicação de Alexandre Tombini, para o lugar de Guido Mantega.

O texto tem tom duro contra a presidente brasileira. “Pobre Dilma Rousseff”, tem escrito no início do artigo. Para o Financial Times, a presidente projetava “uma aura tediosa da eficiência de Angela Merkel”, mas resulta em um trabalho mais parecido com o dos comediantes Irmãos Marx.

— Os preparativos atrasados para a Copa do Mundo já envergonham o país, enquanto o trabalho para os Jogos Olímpicos de 2016 é classificado como ‘o pior’ que o Comitê Internacional já viu. A economia também está em queda. O Brasil, uma vez o queridinho do mercado, vê investidores caindo fora — também diz o texto.

Ao citar que o Brasil enfrenta três desafios imediatos: o caso Pasadena da Petrobras, o fornecimento de energia elétrica após a recente seca e a chance de protestos e insucesso na Copa do Mundo, o artigo cita “O país precisa de um choque de credibilidade. Se Dilma não entregá-lo, as eleições presidecias de outubro o farão”.

Apesar de todas as críticas, o jornal da um voto de confiança à presidente: “Dilma é conhecida por falar em vez de ouvir, mas há sinais de que ela mesma está reconhecendo as críticas”. Em outra citação, o artigo salienta que “Fala-se que ela poderia dar independência formal ao BC em um segundo mandato. Ela também pode recrutar o presidente do BC, Alexandre Tombini, para substituir Guido Mantega, o desafortunado ministro da Fazenda. Ambos movimentos seriam bem-vindos”.

— Saber se a senhora Rousseff, que parece Merkel, mas resulta nos Irmãos Marx, é realmente a pessoa certa para colocar o Brasil de volta aos trilhos é outra questão. Afinal de contas, sua primeira administração foi uma decepção. Mas, pelo menos, há sinais de que os mercados do país estão trabalhando como deveriam através da transmissão de uma preocupação generalizada e crescente. Estes estão agora começando a empurrar o debate político em uma direção favorável aos investidores. Isso só pode ser uma coisa boa — destaca o artigo.

Agência Estado

Postado em 06 maio 2014 07:25 por JEAcontece
15.292.411/0001-75
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