A colheita de cannabis sativa é a maior de toda a história do Uruguai, afirma Hernán Delgado, porta-voz da associação social “Proderechos”, uma das defensoras da legalização do cultivo no país. O resultado chega após quatro meses da aprovação da lei que regula a produção, comercialização e distribuição da maconha.
A legislação precisa ainda ser regulamentada pelo presidente José Mujica, que já analisa o texto há alguns dias. “Não há uma data marcada, mas a regulamentação é iminente”, garantiu uma fonte da Junta de Drogas (JND) ao jornal Clarín.
Alguns temas polêmicos envolvendo a questão foram retirados do projeto. Um deles, por exemplo, é a exigência de que os consumidores forneçam seus nomes a um registro oficial. “Nos últimos cinco meses, técnicos do governo desenvolveram um software que permite a não vinculação dos compradores ao de usuários. Ainda não foi decidido se as farmácias terão um aparelho de identificação por impressão digital ou algum tipo de assinatura virtual”, explicou a fonte.
Outro ponto é a regulação do acesso à maconha. Ficará estabelecido que aqueles que cultivem não poderão adquirir a erva nos pontos de vendas, nem nos chamados “clubes cannábicos”. O produto também não poderá ficar exposto ao público nas farmácias, devendo ser guardado em local de acesso restrito, assim como os medicamentos de venda controlada.
(Agrolink)